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BID e ABNT vão ajudar pequenas empresas a medir CO2

Serão contempladas, a princípio, 200 pequenas e médias empresas, que terão seus inventários verificados pela ABNT. O objetivo principal da iniciativa é fortalecer o mercado de carbono no Brasil. Os investimentos do BID no projeto atingem US$ 1 milhão. A contrapartida da ABNT, por meio de parceiros, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), alcança até o momento, US$ 1,8 milhão.

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07/05/2012 às 10:15 • Atualizada em 14/09/2022 às 2:19 - há XX semanas
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Serão contempladas, a princípio, 200 pequenas e médias empresas/Foto: fd

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) iniciarão este ano o projeto que busca auxiliar pequenas e médias empresas a medir e gerenciar suas emissões de gás carbônico (CO2).

O projeto foi aprovado em dezembro de 2011 e está na fase de assinatura do convênio, informou à Agência Brasil o gerente de Certificação de Sistemas da ABNT, Guy Ladvocat.

A expectativa é iniciar as atividades a partir de junho, após a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada de 13 a 22 daquele mês, no Rio de Janeiro. O convênio prevê também o credenciamento da ABNT como organismo para validação de verificação de gases de efeito estufa.

Serão contempladas, a princípio, 200 pequenas e médias empresas, que terão seus inventários verificados pela ABNT. “É como se fosse uma certificação desse inventário realizado”.

Guy Ladvocat destacou que o objetivo principal é fortalecer o mercado de carbono no Brasil. “A gente vai pegar um piloto de oito empresas e propor um projeto de redução de emissões que será implantado”. Depois disso, serão feitos um novo inventário e uma nova verificação. “Com essa diferença, ou seja, com a redução de emissões, a empresa vai dar entrada na Bovespa [Bolsa de Valores de São Paulo] para ter direito a receber créditos no mercado de carbono.”

Na avaliação da ABNT, isso abrirá caminho para as pequenas empresas participarem do mercado de crédito de carbono. A ideia é que o projeto se estenda por três anos. Há a possibilidade de que a iniciativa tenha desdobramentos ao final desse período, caso apresente resultados significativos, adiantou o gerente de Certificação de Sistemas.

Ao término do projeto, está previsto o intercâmbio entre os países do Cone Sul, para divulgação e apresentação de benefícios e vantagens obtidos. Ele poderá ser adotado em outros países da região.

Os investimentos do BID no projeto atingem US$ 1 milhão. A contrapartida da ABNT, por meio de parceiros, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), alcança até o momento, US$ 1,8 milhão.

A associação pretende buscar apoio de outras fontes, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), entre outras entidades. “A nossa intenção é conseguir uma contrapartida maior, em torno de US$ 2,7 milhões”, disse Ladvocat.

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