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Brasil e outros 11 países da AL e Caribe alcançam metas contra a fome antes de 2015

Trinta e oito países cumpriram antes de 2015 o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) número 1, que prevê reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome entre os períodos de 1990-92 e 2010-2012, conforme estabelecido pela comunidade internacional na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2000. O Brasil reduziu em 53% a proporção de pessoas com fome (dos 15% da população para 7%), mas ainda não conseguiu diminuir para a metade o número absoluto de cidadãos nessa situação.

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12/06/2013 às 14:19 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:37 - há XX semanas
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ODM-1 prevê reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome entre os períodos de 1990-92 e 2010-2012
Foto: James Bu/UN

Trinta e oito países cumpriram antes de 2015 o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) número 1, que prevê reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome entre os períodos de 1990-92 e 2010-2012, conforme estabelecido pela comunidade internacional na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2000.

Entre eles, 12 são da América Latina e do Caribe, informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) na quarta-feira, 12 de junho. Na região, Brasil, Chile, Cuba, Honduras, Guiana, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana, São Vicente e Granadinas, Uruguai e Venezuela atingiram a meta da FAO.

“Esses países estão abrindo o caminho para um futuro melhor. São a prova de que com uma forte vontade política, coordenação e cooperação, é possível conseguir reduções rápidas e duradouras para a fome”, destacou o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.

Precisamos manter nossos esforços, até que todos possam viver uma vida saudável e produtiva”
José Graziano, diretor-geral da FAO

Graziano pediu a todos os países para manter os esforços para a erradicação total da fome, de acordo com o objetivo estabelecido pelo Desafio Fome Zero, lançado em 2012 pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “Globalmente, a fome diminuiu na última década, mas 870 milhões de pessoas ainda estão subnutridas e milhões de seres humanos sofrem as consequências de deficiências vitamínicas e minerais, incluindo a falta de crescimento da criança”, observou o chefe da FAO.

Histórias de sucesso

Vinte países cumpriram o ODM-1. Além disso, 18 nações foram parabenizadas por alcançar tanto o ODM-1 quanto a meta mais exigente da Cúpula Mundial de Alimentação (CMA), de reduzir à metade o número de subnutridos entre 1990-1992 e 2010-2012. O objetivo da CMA foi criado em 1996, quando 180 países reuniram-se em sede da FAO para discutir as várias maneiras de acabar com a fome.

Os países que só alcançaram o ODM-1 foram: Argélia, Angola, Bangladesh, Benin, Brasil, Camboja, Camarões, Chile, República Dominicana, Fiji, Honduras, Indonésia, Jordânia, Malauí, Maldivas, Níger, Nigéria, Panamá, Togo e Uruguai.

Aqueles que conseguiram alcançar tanto o ODM-1 quanto os objetivos do CMA são: Armênia, Azerbaidjão, Cuba, Djibuti, Geórgia, Gana, Guiana, Kuwait, Quirguistão, Nicarágua, Peru, São Vicente e Granadinas, Samoa, São Tomé e Príncipe, Tailândia, Turcomenistão, Venezuela e Vietnã.

Os países serão homenageados em uma cerimônia de alto nível na sede da FAO, no dia 16 de junho, coincidindo com a semana em que a Conferência da FAO, o órgão máximo da organização, se reúne.

O Brasil atingiu o ODM-1 ao reduzir em 53% a proporção de pessoas com fome desde 1990-92 (dos 15% da população para 7%). Em termos absolutos houve também uma diminuição significativa, com 10 milhões de pessoas a libertarem-se da fome – 23 milhões para 13 milhões –, mas apesar desta diferença de 40% não foi ainda possível reduzir para metade o número absoluto de pessoas com fome.

Segundo o relatório da FAO O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012, a grande maioria das vítimas da fome, 852 milhões, vive em países em desenvolvimento (cerca de 15% de sua população), enquanto 16 milhões de pessoas estão subnutridas nos países desenvolvidos.

Globalmente, a insegurança alimentar é hoje em grande parte um problema de acesso a recursos e serviços que as famílias precisam para produzir, adquirir ou obter alimentos nutritivos suficientes.

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