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Brasil registra avanços no combate à fome, aponta relatório

Os números de pessoas que passam fome ou sofrem de desnutrição no Brasil, em Angola e em Moçambique, países de língua portuguesa, caíram no período de 1990 a 2012. A conclusão está no relatório Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012 (cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado terça-feira, 9 de outubro, em Roma, na Itália. O documento foi elaborado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

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09/10/2012 às 13:05 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:29 - há XX semanas
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Imagem: Reprodução/FAO

Por Agência Brasil

Os números de pessoas que passam fome ou sofrem de desnutrição no Brasil, em Angola e em Moçambique, países de língua portuguesa, caíram no período de 1990 a 2012. A conclusão está no relatório Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012 (cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado terça-feira, 9 de outubro, em Roma, na Itália. O documento foi elaborado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Pelos dados do relatório, o Brasil conseguiu reduzir de 14,9%, no período de 1990 a 1992, para 6,9%, nos anos de 2010 a 2012, o percentual de subnutridos. No país, cerca de 13 milhões de pessoas passam fome ou sofrem com desnutrição. Os programas sociais desenvolvidos pelo governo brasileiro em parceria com os governos estaduais e municipais, além da iniciativa privada, foram elogiados no documento.

América Latina e o Caribe registraram progressos, reduzindo o número de pessoas com fome de 65 milhões para 49 milhões, no período de 1990 a 2012.

O Programa Bolsa Família é uma referência, segundo o relatório. Para os especialistas, o Bolsa Família é um instrumento positivo para promover a capacitação econômica das comunidades. Há elogios também ao sistema adotado pela prefeitura de Belo Horizonte (Minas Gerais) de combate à fome na periferia da cidade.

Em Angola, houve registros de melhora. Os percentuais caíram de 63,9%, de 1990 a 1992, para 27,4%, de 2010 a 2012. Cerca de 5 milhões de pessoas são consideradas subnutridas ou passam fome no país. Mas, em Moçambique, os resultados são considerados pouco positivos, pois a queda foi menor – de 57,1%, de 1990 a 1992, para 39,2%, de 2010 a 2012.

No período de 1990 a 2012, a África foi o único continente que registrou aumento no número de pessoas que passam fome ou sofrem com a desnutrição. O relatório diz que há aproximadamente 239 milhões lá. A América Latina e o Caribe registraram progressos, reduzindo o número de pessoas com fome de 65 milhões para 49 milhões, no período de 1990 a 2012.

Situação mundial

No mundo, há aproximadamente 870 milhões de pessoas que sofrem de subnutrição. A média de de subnutridos representa 12,5% da população mundial. Mas os percentuais aumentam para 23,2% nos países em desenvolvimento e caem para 14,9% nas nações desenvolvidas.

O estudo recomenda também que as políticas públicas garantam maior proteção social.

Pelo relatório, 852 milhões de pessoas subnutridas estão em países em desenvolvimento, representando 15% da população. Mas há cerca de 16 milhões de pessoas que vivem em países desenvolvidos. No entanto, o documento avalia que houve melhoras nos números em comparação a dados das últimas duas décadas.

O relatório é uma publicação conjunta da FAO, do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA). Segundo o documento, o número total de pessoas que passam fome caiu em 132 milhões comparando os períodos de 1990 a 1992 e 2010 a 2012.

Recomendações

No relatório, a sugestão é para os líderes políticos estimularem a agricultura. “O crescimento agrícola é particularmente eficaz na redução da fome e desnutrição em países pobres”, diz o documento.

O estudo recomenda também que as políticas públicas garantam maior proteção social. O relatório menciona como alternativas programas de transferência de dinheiro, alimentação e garantias de seguro de saúde. A proteção social, segundo o documento, pode melhorar a nutrição das crianças.

- Leia o relatório na íntegra (em espanhol) -

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