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Caminhos da Rio+20: a cúpula

A repórter Raíza Tourinho nos revela os bastidores do que acontece na Rio+20. No relato do segundo dia dela na capital fluminense, a jornalista mostra toda a diversidade de pessoas e culturas que presenciou na Cúpula dos Povos.

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18/06/2012 às 17:00 • Atualizada em 09/09/2022 às 20:05 - há XX semanas
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Cúpula dos Povos esteve lotada no domingo à tarde/Foto: Raíza Tourinho/EcoD

Encantamento. É a palavra que explica um pouco meu sentimento diante da profusão de gentes que encontrei na Cúpula dos Povos. Peço perdão, caro leitor, mas a linguagem ainda é um meio muito limitado para transmitir com exatidão a sensação de estar em um lugar onde tudo parece possível.

Para saber com precisão o que senti e vi, só mesmo caindo na estrada para passar pela mesma experiência. Quanto à mim, só afirmo uma coisa: depois do meu primeiro dia no Aterro do Flamengo perdoei o destino por ter nascido depois de Woodstock.

Peças, protestos, poesia dada, trocada, vendida, gente dançando e sendo feliz. A Cúpula é uma mistura de tudo e demonstra a riqueza existente na nossa raça (humana), a diversidade de culturas e ideologias que somos capazes de conquistar. Ah, lembram daquela história de que a Cúpula estava vazia? Bem, não esperaram o bastante. Domingo à tarde estava lotada. Para entender um pouco do meu encantamento, somente conhecendo um pouquinho do que vi na galeria de fotos.

Rapidinhas

  • Os guardas-municipais caíram de paraquedas na Rio+20. Pedi informação à cinco deles durante a Cúpula dos Povos e nenhum soube me informar direito. Um deles confessou: “Nos botaram aqui, mas não nos deram nenhuma instrução. Só sabemos o que conhecemos no dia-a-dia. Até o banheiro temos que olhar no mapa”.
  • A Arena Socioambiental, que alcançou o primeiro lugar nos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil durante seus debates, está tendo discussões para lá de acaloradas. Ontem, o ministro da secretaria-geral da presidência, Gilberto Carvalho, foi amado e odiado pela plateia, que alternou entre vaias e aplausos ao seu discurso. Sob gritos de "E Belo Monte?", o ministro falou que talvez a "única virtude verdadeira do governo" é estar sempre aberto à escutar as reivindicações da sociedade. Ele não mencionou a UHE de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu, em plena Amazônia.
  • No mesmo debate, "Democracia e Direito", o sociólogo português Boaventura Santos afirmou que a Economia Verde é um "cavalo de troia" do capitalismo para reduzir tudo à sua lógica de mercado. As opiniões fortes e incisivas do professor da Universidade de Coimbra, que chegou no debate na hora de discursar (todos os outros 3 já tinham falado) suscitou tantos aplausos da plateia que sua fala fora interrompida várias vezes.
  • Entre os pontos polêmicos, ele criticou o Código Florestal, dizendo que o Brasil está dominado pelos ruralistas e que precisamos é de desmatamento zero; ele disse ainda que a democracia está em risco na Europa e que a Rio+20 já é um fracasso. Afirmação foi rebatida por Gilberto: "A Rio+20 não tem chances de fracassar porque não é apenas o Riocentro. É isso aqui também".
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