A veterinária Sharon cuida da Hope em sua clínica
A campanha Adote um Pet com Deficiência, realizada nos dias 29 de agosto e 20 de setembro, foi considerada um sucesso. Os eventos realizados em São Paulo ajudaram a multiplicar as chances de adoção de animais que, muitas vezes, acabam ficando nos abrigos até o fim da vida. A última edição registrou a adoção de seis pets, de um total de 15 disponíveis.
Para dar continuidade a esse movimento, Livia Clozel, da área de Comunicação e Estratégia da associação assistencial Uhelp.com, explica que se uniu aos maiores nomes da defesa animal e vai procurar um local fixo para que o evento seja mensal. O Dog Zone, no parque Villa Lobos, está na mira das negociações.
Para Livia, ainda é apenas o começo de uma mudança de realidade, mas que já trouxe resultados positivos: “a campanha, até agora, contou com 25 peludos para serem adotados e conseguiu um lar para nove deles”. Ela conta que a ideia inicial era realizar apenas os dois eventos, mas ambos tiveram um feedback além do esperado: “recebi e-mails de outras ONGs pedindo para participar e pessoas se voluntariando para ajudar no dia. As doações também aumentaram”, revela.
Além de incentivar as adoções, a campanha angaria fundos para a manutenção dos animais nos abrigos. Giuliana Stefanini, gerente da Luiz Proteção Animal, parceira constante da campanha, explica: “todo pet disponível para adoção é vermifugado, vacinado, castrado, e ainda há os cuidados diários, com ração, por exemplo, e os cuidados especiais, no caso de um animal que necessite de amputação, internação e medicamentos. Para que as adoções aconteçam, precisamos manter esses animais, tratar, alimentar, e esses custos precisam ser cobertos, toda ajuda é bem vinda”.
Até o dia 2 de outubro, é possível doar valores pela campanha aberta no site Kickante.
Não existem dados concretos sobre a quantidade de animais com deficiência no Brasil, mas estima-se que cerca de 10% dos abandonados ou resgatados têm algum tipo de condição que os define como um animal com deficiência, ou seja, dificilmente serão adotados.
Entre os pets adotados no último evento da campanha, por exemplo, está uma cachorrinha amputada que aguardava por um lar há três anos, outra que passou 12 anos sendo matriz para venda de filhotes e sofrendo maus tratos, mas que foi resgatada e agora finalmente adotada: “nos abrigos, existem animais que esperam há mais de cinco anos por um lar”, lembra Livia.
Giuliana reforça a importância da iniciativa: “a cada cinco animais com deficiência que conseguimos encaminhar para um novo lar significa o mesmo que 20 filhotes adotados em um evento convencional”.
- Colabore com a campanha no site Kickante -
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