Campanha alerta para prevenção à violência contra mulher

Campanha foi lançada em agosto. Foto: Divulgação

A DKT Brasil, filial da detentora dos preservativos Prudence, Sutra e Prudence L’amour, DKT International, aproveitou o mês o qual a Lei Maria da Penha completa seis anos (sancionada em 7 de agosto de 2006) para lançar a campanha de prevenção à violência sexual contra as mulheres. A ação foi divulgada na segunda-feira, 27 de agosto.

Nomeada de "DKT Alerta", a iniciativa pretende receber ideias e sugestões de internautas, via Facebook. As propostas ficarão expostas para votação, na própria página do DKT Alerta, durante 20 dias. As mais votadas serão encaminhadas à Secretaria de Políticas para as Mulheres. (Quer ir para a página da campanha? Clique aqui!)

Segundo a gerente de marketing da DKT do Brasil, Denise Santos, a empresa visa formatar um documento oficial de ações que tenham apoio popular para serem viabilizadas nacionalmente.

"Qualquer sugestão é válida, seja de ideias de campanhas de conscientização, ampliação de programas já existentes, implantação de novos projetos, atuações na rede, enfim, qualquer ação que o visitante da página acredite que possa auxiliar a reduzir esses índices de violência", explicou Denise ao portal Use Prudence.

Dados alarmantes

A Secretaria de Políticas para as Mulheres divulgou, no início de agosto, que cerca de 59,57% das mulheres que sofrem violência são agredidas todos os dias. Em 70% dos casos, o agressor é o marido ou companheiro da vítima. Porém, se ex-marido, namorado e ex-namorado forem considerados, o número aumenta para 89%.

"Os dados apresentados são alarmantes, mas ainda existem números ocultos, de mulheres que não solicitam atendimento médico ou auxílio de outro profissional por medo, vergonha ou falta de orientação. O manifesto ‘DKT Alerta’ é uma forma de contribuirmos para amenizar este grave problema, por meio de uma ação conjunta com o público presente em nossas redes sociais", enfatizou Denise.

Outro dado importante é o do levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (Cebela), em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso - Brasil), o qual aponta que, apenas em 2011, cerca de dez mil pessoas foram hospitalizadas por terem sido vítimas de violência sexual. A cada três pacientes que procuram o Sistema Único de Saúde (SUS) por motivo de agressão sexual ou doméstica, duas são mulheres.