Carlinhos Brown leva economia criativa para o seu Sarau em Salvador

O evento é realizado em quatro edições
Foto: Divulgação

Verão em Salvador é sinônimo de turbina a todo vapor, no que diz respeito aos ensaios que antecedem o Carnaval. De segunda a segunda-feira há festas para diferentes públicos, mas há seis anos Carlinhos Brown presenteou os soteropolitanos e seus turistas com o Sarau du Brown. Além de muita música, o evento, que é realizado em quatro edições, reúne cerca de 400 serviços da economia criativa, todos eles formalizados, que vão da iluminação e sonorização ao desfile de moda.

Segundo o diretor-técnico do Sebrae na Bahia, Lauro Ramos, o evento é uma grande vitrine da cultura baiana. "Carlinhos Brown oferece ao público essa oportunidade de mistura, de conhecer o que se produz na Bahia, da boa música às atividades da economia criativa. Mais do que a visibilidade para esses artesãos e produtores, é a chance de fechar negócios", comentou à Agência Sebrae.

Vendedores ambulantes também são cadastrados ao evento. Lá eles têm acesso a consultoria de técnicos do Sebrae, que os apresentam sugestões de compra, ensinam valores para vendas, práticas de manipulação dos alimentos e higiene. "O objetivo é mostrar a importância da formalização para esses trabalhadores", explicou o consultor Bruno Brandão.

A sustentabilidade está cada vez mais presente nos eventos musicais das cidades brasileiras. Um bom exemplo disso é o SWU, projeto realizado em 2010 e 2011, em São Paulo, que defendeu "as pequenas ações do dia-a-dia que movimentam o mundo". Em Salvador, há o Festival de Verão, entre os dias 16 e 19 de janeiro, que vai adotar medidas sustentáveis em sua organização.

Entre as iniciativas estão: a reciclagem do lixo produzido; panfletagem diminuída; a substituição dos carpetes por material produzido com garrafa PET; utilização de plástico verde, feito com cana-de-açucar; e o monitoramento do consumo de energia.

Economia Criativa

A economia criativa contempla setores que têm sua origem na criatividade, na perícia e no talento das pessoas, como arquitetura, design, moda e informática, por exemplo. Além disso, tem um potencial significativo na geração de empregos, que baseia-se na propriedade intelectual. Os três pilares-chave desse conceito são: imaginação (ideias), criatividade e inovação.

Ao pensar na economia criativa, é necessário ir além dos números e perceber de forma mais holística a interação entre a economia, a tecnologia, a cultura e as questões ambientais na dinâmica do mundo globalizado.