Cidadãos devem implicar-se também para alcançar um mundo mais sustentável, tomando responsabilidade por suas ações e escolhas
Foto: Flickr/percursodacultura (cc)
Foi no Brasil que, em 1992, a humanidade se confrontou, pela primeira vez, com o imperativo de transformar o padrão de desenvolvimento vigente rumo à sustentabilidade. Na Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, os líderes mundiais assumiram, pela primeira vez, compromissos práticos para o desenvolvimento sustentável, por meio da adoção da Agenda 21.
Vinte anos depois, em 2012, o Brasil foi novamente o epicentro mundial da sustentabilidade ao acolher a maior conferência das Nações Unidas da história. Foi na Conferência Rio+20 que se lançaram as sementes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, adotados pelos 195 países-membros da ONU em 2015. Estes 17 Objetivos Globais são a agenda a mais ambiciosa da história da humanidade para o desenvolvimento sustentável, que deve ser cumprida por todos os 195 países até o ano de 2030.
Para que estes 17 Objetivos Globais sejam o passaporte para o futuro da humanidade, o desenvolvimento sustentável precisa fazer sentido para pessoas e para as empresas. Cientes disso, a ONU e o Brasil uniram esforços para criar um centro mundial com o mandato de trabalhar com pessoas, empresas e cidades, mantendo acesa a chama do desenvolvimento sustentável, inspirando ações e práticas e também o debate internacional sobre o tema. Nasceu assim, no Rio de Janeiro, o Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, o Centro RIO+, legado institucional da Rio+20 para a ONU, o Brasil e o mundo.
Perspectivas para a sustentabilidade
Em entrevista exclusiva ao portal do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), o diretor do Centro RIO+, Romulo Paes de Sousa, explica as perspectivas para o desenvolvimento sustentável com a entrada em vigor dos 17 ODS em janeiro de 2016: “É fundamental que o consumidor veja a importância da sustentabilidade na hora de fazer uma escolha para adquirir um produto ou serviço. É importante que o cidadão em geral, para além da condição de consumidor e de eleitor, veja enquanto valor o que o país ganha ao ter políticas e práticas sustentáveis. É o valor do amanhã. E quanto vale o amanhã? Se trata de criar uma condição objetiva da qual os governos não possam fugir das suas responsabilidades, de que os produtores de bens não possam fugir das suas responsabilidades e que os indivíduos também se sintam responsáveis por suas ações neste sentido.”
O Gife é uma referência nacional em investimento social privado, reunindo 137 associados que investem anualmente R$ 2,4 bilhões em projetos na área social. Fundado em 1989 e sediado em São Paulo, o Gife é uma rede que tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável no Brasil, contando com associados de peso, tais como a Fundação Grupo Boticário, Fundação Ford, Fundação Volkswagen, Banco J.P. Morgan, Fundação Banco do Brasil e o Instituto Grupo Pão de Açúcar.
(Via ONU Brasil)
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