Alvo constante de ambientalistas, Tony Abott anunciou o fim da taxa de carbono
Foto: thewire.org.au
Há alguns anos, ele chamou de "imbecilidade total" a atribuição do aquecimento global à atividade humana. Agora, depois de ter assumido o posto de primeiro-ministro da Austrália em 7 de setembro, Tony Abott anunciou na quarta-feira, 18 de setembro, o fim da taxa de carbono implantada em 2012 pelos trabalhistas para reduzir as emissões de poluentes do país da Oceania - um dos principais emissores mundiais de CO2 per capita.
Segundo informações da AFP, Abbott, líder de um governo de direita, solicitou ao seu gabinete que trabalhe para derrubar a legislação da taxa carbono, uma de suas promessas de campanha. "Seremos um governo funcional que obedeça a valores e não a ideologias", prometeu o novo primeiro-ministro.
Ele quer substituir a taxa carbono por incentivos financeiros às empresas que desejam melhorar o balanço energético, além de assumir um compromisso de plantar 20 milhões de árvores.
Os trabalhistas pretendiam substituir a taxa carbono em 2015 por um sistema de troca de cotas de emissões de gás carbônico.
Febre de mineração
A Austrália é cenário há alguns anos de uma verdadeira febre de mineração, com a explosão dos preços das matérias-primas, provocada sobretudo pelo crescimento da China.
Os principais grupos do setor, Rio Tinto, BHP Billiton ou Glencore Xstrata, exploram na Austrália minas gigantes de carvão, cobre e minério de ferro.
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