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SUSTENTABILIDADE

"Cidades têm obrigação de mensurar e reduzir emissões de CO?", defende Sérgio Besserman

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23/10/2015 às 0:17 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:53 - há XX semanas
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Sérgio Besserman sugere a transição para uma sociedade de baixo carbono
Foto: Ismar Ingber

As cidades têm a obrigação de mensurar, limitar e reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. A opinião foi defendida nesta quinta-feira, 22 de outubro, pelo economista Sérgio Besserman, durante o segundo dia do Fórum das Águas - cidades sustentáveis e seus desafios, realizado no Teatro Inhotim, em Brumadinho (MG).

Besserman, que é especialista em desenvolvimento urbano, justificou que as grandes cidades respondem por cerca de 75% das emissões de gases do efeito estufa, fato que por si exige a criação de políticas públicas eficientes, a fim de evitar consequências como a poluição urbana e o agravamento de problemas de saúde.

O economista, que tem longo histórico de ativismo ambiental, observou que quase metade da umidade do Sudeste vem da Amazônia

"Muitas cidades já têm adotado medidas nesse sentido. O transporte público de qualidade deve ser priorizado. Os ônibus podem ser eletrificados para que deixem de emitir CO2 na atmosfera e, ao menos tempo, eliminem a poluição sonora. Ao mesmo tempo, os carros particulares devem ser usados de forma mais racional. Ainda temos o hábito de usá-los para absolutamente tudo", exemplificou o professor da PUC-RJ.

Baixo carbono
O especialista também manifestou contrariedade ao conceito convencional de desenvolvimento a qualquer custo. "Desenvolvimento é você desfazer aquilo que na história está segurando o potencial das civilizações e sociedades. Quando a gente fala em desenvolvimento urbano, a conexão com desenvolvimento sustentável é total e imediata. O que precisamos urgentemente é sair da civilização dos combustíveis fósseis e entrar na economia de baixo carbono", sugeriu Besserman.

Sobre o colapso hídrico vivido atualmente em boa parte do país, o economista, que tem longo histórico de ativismo ambiental, observou que quase metade da umidade do Sudeste vem da Amazônia, através dos chamados rios voadores, o que reforça a importância de se preservar a floresta, ao invés de derrubá-la.

O Fórum das Águas, que é promovido pelo Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba (Cibapar), termina nesta sexta-feira (23), depois de ter reunido especialistas do Brasil e do exterior, durante três dias, para debater os desafios da relação entre água e cidades sustentáveis.

O repórter viajou a convite do consórcio Cibapar.

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