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Cidadezinha paranaense será abastecida com energia extraída das fezes de porco

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26/11/2013 às 9:30 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:13 - há XX semanas
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Foto: Agência de Notícias do Acre

Há 40 anos veio Itaipu, e a pequena cidade de Entre Rios do Oeste, no Paraná, perdeu território para a hidrelétrica. Agora, os gestores da usina estão implantando um projeto com os agricultores locais que, se der certo, vai tornar o município autossuficiente energeticamente daqui a um ano e meio.

Na verdade, é melhor - somente com as fezes expelidas pelos porcos da região, Entre Rios do Oeste vai produzir energia suficiente para seus quatro mil moradores e ainda vai ter o bastante para vender de volta para rede elétrica.

A ideia é utilizar o esterco produzido pelos 130 mil suínos para mover uma usina de energia à base de metano. A Copel, distribuidora de energia à frente do projeto, já assegurou R$ 19 milhões para começar a implantar a usina no início de 2014. O plano faz parte do cumprimento da lei que obriga a concessionária investir em desenvolvimento e pesquisa.

Dos 93 proprietários rurais da cidade, 63 se comprometeram a instalar biodigestores em suas propriedades, ao custo de cerca de R$ 40 mil cada, onde serão armazenados os resíduos orgânicos dos animais. No tanque, o metano será extraído pela ação de bactérias e, depois, a substância será transportada por rede de gasodutos até a usina de metano. Segundo produtores da região, cada suíno gera por dia, aproximadamente, dez litros de material orgânico (urina e a água para lavagem também contam). O produtor será remunerado pelo gás que entrar na rede.

Vantagens

Embora a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acredite que o projeto só vai funcionar por ser em pequena escala e ainda assim não é economicamente vantajoso, pesquisadores da USP acreditam que os benefícios ambientais compensam.
"Um dos problemas com fezes de suínos é a contaminação ambiental, mas, depois de tirar o biogás, elas viram fertilizante que não polui", afirmou à Folha de S.Paulo o diretor da faculdade de veterinária da USP Enrico Lippi Ortolani.

Ele explica que os suínos da cidade produzem esgoto equivalente a uma população de mais de 500 mil habitantes - resíduos que acabam na bacia hidrográfica da região.

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