Na tentativa de reduzir a poluição do ar e, ao mesmo tempo, produzir alimentos, cidades como Londres, Paris, Barcelona, Buenos Aires e Milão investiram em fazendas verticais, também conhecidas como hortas urbanas. Ao pegar "carona" nessas ideias, profissionais passaram a desenvolver a técnica da agricultura vertical, com o objetivo de suprir a falta de espaço existente nos centros urbanos para o cultivo de hortaliças.
As iniciativas são inovadoras e já estão sendo implantadas. Conheça cinco projetos de agricultura vertical selecionados pelo site EcoFriend.
- Brandon Martella
Localizada à beira do mar e do distrito histórico de Gaslamp, em San Diego, a Fazenda Vertical foi criada para atender parte da demanda local. Com o crescimento populacional, a produção de alimentos nos Estados Unidos está atingindo a capacidade máxima e é provável que, em breve, não atenda mais a demanda.
O responsável por esse projeto em San Diego (EUA) é o arquiteto Brandon Martella, de 24 anos, formado pela New School of Architecture and Design. Segundo ele, essa é uma tentativa de revolucionar a indústria, colocando os consumidores mais perto de sua comida.
Metade da torre contém unidades residenciais, enquanto que a outra possui um espaço crescente, destinado para a produção de 500 mil quilos de alimentos a cada três meses. A fazenda não requer pesticidas e pode reutilizar os excrementos dos moradores como fertilizante, tornando-a ambientalmente amigável.
- Rogério Carvalheiro
O modelo proposto pelo arquiteto e designer Rogério Carvalheiro para Londres se baseia em um sistema integrado em que os ecossistemas serão intercalados uns com os outros - os espaços residenciais, hidroponia e até um santuário de abelhas. O profissional também tentou integrar espaços públicos para a construção, como um parque vertical, teatros, salas de aula, mercados e restaurantes.
No total, são cerca de 550 mil metros quadrados de construção sustentável. Para reduzir o consumo de água, por exemplo, um sistema de recolhimento de água da chuva integrado foi desenvolvido. Além disso, existem sistemas para reciclar a água cinza, que pode então ser usada para fins de produção.
- Laurie Chetwood
Laurie Chetwood é uma empresa especializada em design que incorpora princípios de sustentabilidade. A organização projetou uma ponte habitável com uma fazenda vertical para abastecer o mercado na própria ponte e usar o rio para transportar a produção para outras partes de Londres.
A "fazenda" é regada por um furo que faz uma ligação até o Aquífero London. Erguendo-se acima da fazenda em uma torre envidraçada está uma turbina eólica e uma série de painéis fotovoltaicos, que convertem o vento e a luz do sol em eletricidade, respectivamente. Na base desta torre há um mercado atacadista que vende o produto da fazenda.
- SkyGreens
A terra é um luxo pelo qual Cingapura não pode pagar. Só para se ter ideia, o país insular de apenas 710 km quadrados já é o lar de cinco milhões de pessoas. Nesta ilha urbanizada de alta densidade, onde 93% dos alimentos são importados, a noção de agricultura própria é bem limitada.
No entanto, o empresário local Ng Jack garante que pode produzir cinco vezes mais legumes do que uma fazenda convencional bem no coração do centro de negócios de Cingapura - uma área intensamente povoada. A fazenda vertical dele é capaz de produzir uma tonelada de vegetais frescos todos os dias, oferecendo aos cidadãos uma nova e sustentável fonte de alimentos produzidos localmente.
Toda a sua produção é vendida em supermercados locais com o nome de SkyGreens. A fazenda vertical parece uma roda-gigante de 30 metros de altura para as plantas. Bandejas de legumes chineses são empilhados dentro de uma lata de alumínio com um mecanismo para girá-los, a fim de que as plantas recebam a mesma luz, bom fluxo de ar e irrigação.
- Jared Moore
Jared Moore Design criou um conceito de ecossistema integrado em uma torre de Barcelona, em que parques e plantas são desenvolvidos dentro do próprio local. A ideia é desenvolver a área da vegetação no topo da torre, enquanto os níveis mais baixos foram reservados para uso residencial. Para adicionar uma sensação de conservação de energia, também foram implementados ao projeto a captação de água da chuva e uso de energia solar.
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