Investimentos no ensino superior caíram 2%, enquanto o número de alunos subiu em 67%
Foto: Fora do Eixo
Apesar de ser o país que mais aumentou o investimento na área, o repasse de apenas 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) para o ensino superior levou o Brasil amargar a 23ª posição, de 29 países, no ranking da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O estudo, divulgado na terça-feira, 11 de setembro, mostra que a quantidade maior de recursos destinado à área entre 2000 e 2009 foi insuficiente para o país alcançar o percentual desejável de investimentos na educação. Segundo a organização, os investimentos em geral no ensino brasileiro atingiram 5,55% do PIB, enquanto a meta para os países da OCDE é 6,23%.
Na ponta do ranking, os países que mais investiram em educação foram a Austrália, a Finlândia, a Irlanda e a Suécia. O estudo demonstra que a crise econômica internacional não afetou os investimentos em educação.
Recursos
A subida do investimento em educação de 10,5% dos recursos públicos em 2000 para 16,8% em 2009, não foi acompanhada pela soma destinada à educação superior, que registrou redução de 2%. Paralelamente, houve um aumento médio de 67% de alunos nas universidades.
Na terça-feira, 5 de setembro, uma manobra do governo para barrar o Plano Nacional de Educação (PNE) foi derrubada. O plano, que segue para aprovação no Senado, contém a ambiciosa proposta de ampliação dos recursos destinados para educação dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10%, após outros cinco anos, quando termina a vigência do plano.
O estudo destacou ainda que, “pessoas bem-educadas vivem mais tempo, são mais propensas a votar e têm atitudes mais favoráveis à igualdade de direitos das minorias”. Além de a educação gerar mais oportunidades no mercado de trabalho – dados da OCDE indicam que a taxa de ocupação sobe de 77,4% para 85,6% entre os profissionais com ensino médio e superior.
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