Seis representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis participaram da reunião do CIISC.
Foto:Paulo de Araújo/MMA
Por Ministério do Meio Ambiente
O governo federal retomou na quarta-feira, 3 de outubro, os trabalhos do Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC). O grupo, coordenado pela Secretaria Geral da Presidência da República e Ministério do Meio Ambiente, reúne representantes do governo, sociedade, empresas públicas e movimentos de catadores de todo o Brasil.
O objetivo é promover a inclusão cidadã dos catadores, atuando, na prática, com a integração entre o meio ambiente, sociedade e economia, além de estimular e acompanhar a implantação da Coleta Seletiva Solidária e contribuir para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
“Estamos falando de um setor que tem uma dinâmica impressionante, bastante organizado, com iniciativa e capacidade de produção imensa”, destacou o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, durante a abertura da reunião. Segundo ele, poucas vezes recursos públicos renderam tanto, como acontece no apoio ao trabalho dos catadores de materiais recicláveis no país.
“A nós coube apenas articular as políticas públicas adequadas ao setor”, destacou Carvalho. Porém, ressaltou, ainda há muito o que fazer, e com o incentivo e apoio do comitê, o governo pretende dar mais força à agenda, de forma que o trabalho seja realizado em parceria com outros órgãos federais, que antes não faziam parte do grupo de trabalho.
Meio ambiente e sociedade
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, representou a ministra Izabella Teixeira na abertura da reunião. “Essa é uma agenda estratégica para o MMA, pois entendemos que meio ambiente não quer dizer apenas biodiversidade e floresta amazônica, mas quer dizer também inclusão social, combate à pobreza e questões urbanas”, salientou.
A agenda, coordenada no MMA pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), está sendo delineada de forma que a questão ambiental seja estruturada em conjunto com o planejamento urbano das cidades e a questão social.
Seis representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis participaram da reunião do CIISC. Claudete Costa, que trabalha como catadora no Rio de Janeiro pontuou a ansiedade da organização pela retomada dos trabalhos do Comitê. “Estamos todos na expectativa para que, de fato, o grupo atue na mediação das nossas demandas dentro do governo”, projetou. Para ela, o objetivo dos catadores na reunião é dar voz às necessidades daqueles que trabalham diretamente na ponta e muitas vezes não conseguem ser ouvidos.
Carlos Cavalcante, também integrante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e que trabalha como catador de lixo no Estado do Paraná, considera que os principais pontos e demandas do Movimento estão relacionados à remuneração dos catadores e implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “A nossa principal dificuldade é a relação com os municípios, e a nossa esperança é que o comitê consiga nos auxiliar, fazendo a intermediação e ponte com os governos municipais”, enfatizou.
Fazem parte do Comitê 22 órgãos, entre ministérios, bancos públicos, institutos e entidades ligadas à pesquisa.
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