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Como as mudanças climáticas podem influenciar seu vinho favorito?

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30/07/2015 às 14:00 • Atualizada em 01/09/2022 às 5:34 - há XX semanas
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Agricultor do Rio Grande do Sul experimenta uva em colheita
Foto: Roberto Vinicius

Ao longo de séculos, produtores encontraram locais propícios para a produção de vinhos. Regiões da França, Itália e, mais recentemente, África do Sul e Austrália foram identificadas como locais ideais - entre muitas outras. Com as mudanças climáticas, contudo, países que eram tradicionais produtores da bebida não terão mais um produto de alta qualidade. Um estudo de 2013 prevê que as regiões tradicionais verão uma queda de dois terços em sua produção anual de garrafas.

Entre as regiões impactadas estarão Bordeaux e Ródano (ambas na França), Toscana (na Itália), além de parte dos Estados Unidos e do Chile. Com o aquecimento do planeta, outros territórios passariam a ser propícios para o cultivo de uvas. O mesmo estudo analisa que locais como Reino Unido, norte dos EUA e a parte central da China passariam a ser polos de produção vinícola.

“O fato é que as mudanças climáticas vão causar uma reorganização geográfica na produção de vinhos”, destacou Lee Hannah, líder do estudo, ao site do jornal inglês The Guardian.

Apesar do tom alarmista de ambos os estudos, o fato é que a produção de vinhos deve continuar

Um artigo publicado recentemente no site The Conversation, da Austrália, fala sobre como agricultores do país estão se preparando para os impactos climáticos na produção vinícola.

Ondas de calor
Uma tradicional área para produção de vinhos no país, o Vale McLaren, já sofre com mudanças. As temperaturas ficaram mais extremas e a quantidade de chuvas vem caindo. Tudo isso em poucos anos.

“As ondas de calor estão queimando as uvas do Vale McLaren, isso deve piorar e os verões serão menos confortáveis para todos. Verões secos aumentam as chances de incêndios na periferia de nossas cidades na mesma medida que limitam a complexidade dos sabores dos nossos vinhos”, escreveu Douglas Bardsley, professor sênior de geografia, meio ambiente e populações, da Universidade de Adelaide.

Apesar do tom alarmista de ambos os estudos, o fato é que a produção de vinhos deve continuar. O que tende a mudar são as regiões mais famosas por produzir a famosa bebida com padrões de excelência.

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