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Como as secas e furacões ameaçam as maiores empresas?

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20/05/2014 às 10:42 • Atualizada em 27/08/2022 às 8:03 - há XX semanas
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Mudança do clima causa um impacto mensurável nas operações comerciais
Foto: Science AP / Reporters

Secas, furacões e a alta do nível do mar estão se transformando em ameaças mais significativas para as maiores empresas do mundo e o risco está sendo acelerado, segundo o Projeto de Divulgação de Carbono (CDP).

Empresas que estão fazendo planos para várias ameaças ligadas à mudança do clima dizem que atualmente elas lidam com cerca de 45% dos riscos potenciais, ou que farão isso daqui a cinco anos, segundo um relatório publicado em 17 de maio pelo grupo sem fins lucrativos com sede em Londres.

Trata-se de uma cifra superior à de 2011, quando membros do índice Standard and Poor’s 500 esperavam que 26% dos riscos potenciais os afetassem dentro de cinco anos.

Os resultados mostram que a mudança do clima está tendo um impacto mensurável nas operações comerciais, e que muitas empresas esperam que ela aumente custos ou dificulte vendas.

As empresas disseram que 68% dos riscos potenciais afetariam diretamente suas operações, frente a 51% em 2011.

“Já se está incorrendo em custos significativos”, afirmou Tom Carnac, presidente da CDP North America. “Não se trata simplesmente de fazer planos para o futuro, mas de as empresas terem que mudar o que fazem hoje”.

Cerca de 60 empresas divulgaram riscos que resultam da rápida mudança do meio ambiente do planeta. Entre aqueles está a destruição de prédios por furações, a alta dos custos das matérias primas, o aumento nos prêmios de seguradoras, a desaceleração da demanda por roupas para climas frios e maiores gastos com aquecimento no inverno.

A Hewlett-Packard informou que as vendas recuaram até 7% depois que enchentes na Tailândia em 2011 causaram uma insuficiência de componentes para unidades de disco.
A Waste Management relatou que tanto enchentes quanto secas afetam a taxa de decomposição orgânica em aterros sanitários, o que aumenta o custo de obter gás deles.

Ameaças operacionais

As empresas disseram que 68% dos riscos potenciais afetariam diretamente suas operações, frente a 51% em 2011. Cerca de 22% das ameaças eram às suas cadeias de fornecimento e 9% teriam impacto sobre os clientes.

O relatório destacou a forma com que operações de diferentes empresas estão entrelaçadas. Por exemplo, a receita da Union Pacific Corp., a maior empresa ferroviária dos EUA, desacelerou em 2012 porque a pior seca em mais de 50 anos reduziu 11% os envios de milho.

“Esse é um grande exemplo de como a nossa economia tem se tornado tão complicada, de como uma mudança no rendimento agrícola afeta a receita obtida por uma empresa ferroviária”, observou Carnac.

Pequenos avanços

A Union Pacific está reduzindo emissões, melhorando a economia de combustível, usando mais locomotivas e melhorando a aerodinâmica dos vagões de trem, disse Tom Lange, porta-voz da empresa.

“Colocamos muita energia na forma de conseguirmos uma maior economia de combustível”, acrescentou Lange. “Trata-se de encontrar pequenos avanços na tecnologia do combustível – não há grandes façanhas. Estamos tentando conseguir pequenos progressos, adicionar um par de pontos porcentuais lá e cá”.

O relatório foi financiado em parte pela Bloomberg Philanthropies, fundada por Michael Bloomberg, dono majoritário da Bloomberg LP.

(Via Bloomberg)

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