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Comunidade internacional pressiona países ricos na reta final da COP-18

A 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18) tem sido marcada, em sua semana decisiva, por uma série de cobranças da comunidade internacional aos países desenvolvidos, no que se refere a ações concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, nesse sentido, viabilizar a prorrogação do Protocolo de Kyoto. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira e estudantes presentes em Doha (Catar) pediram ações concretas dos governos mais ricos.

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05/12/2012 às 18:10 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:50 - há XX semanas
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A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, discursou pela primeira vez na COP-18
Fotos: sallie_shatz

A 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18) tem sido marcada, em sua semana decisiva, por uma série de cobranças da comunidade internacional aos países desenvolvidos, no que se refere a ações concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, nesse sentido, viabilizar a prorrogação do Protocolo de Kyoto.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou na quarta-feira, 5 de dezembro, que os países ricos são os culpados pelo aquecimento global e deveriam liderar as negociações para criar um acordo mundial sobre o clima até 2015, prazo que Ban considera que "precisa ser respeitado".

O fenômeno [mudanças climáticas] foi causado pela industrialização do mundo desenvolvido, cujas fábricas emitiram dióxido de carbono (CO2) na atmosfera bem antes que os efeitos climáticos fossem conhecidos"
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU

Segundo defendeu Ban nas negociações realizadas no Catar, é simplesmente justo e razoável que o mundo desenvolvido deva arcar com a maior parte da responsabilidade" na luta contra as mudanças climáticas.

"O fenômeno foi causado pela industrialização do mundo desenvolvido, cujas fábricas emitiram dióxido de carbono (CO2) na atmosfera bem antes que os efeitos climáticos fossem conhecidos", justificou o secretário-geral da ONU.

Discurso brasileiro

Na mesma linha, a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, se dirigiu pela primeira vez à plenária da COP-18 e instou os países a aprovarem o segundo período do Protocolo de Kyoto, principal tarefa deste encontro, segundo ela.

"É o nosso maior trunfo para garantir um forte regime contra as mudanças climáticas. É o que vai garantir a continuidade de um sistema multilateral, baseado em regras que asseguram a integridade ambiental de mitigação dos países desenvolvidos sob o protocolo", justificou Izabella.

Leia o discurso da ministra na íntegra (em PDF)

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A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, discursou pela primeira vez na COP-18

De acordo com a ministra, é preciso vir dinheiro de fora para manter os projetos de mitigação e adaptação. "A fonte dos financiamentos que apoiam as ações de países em desenvolvimento na área de mudanças climáticas tem de ser os mecanismos de ajuda oficiais de países desenvolvidos", reivindicou.

Estudantes nas ruas

Movimentos jovens presentes em Doha pediram solidariedade às populações mais vulneráveis do mundo. Eles se manifestaram em apoio à ministra filipina Lucille Sering, que em discurso a outros ministros, clamou atenção para as mudanças climáticas que já afetam o seu país, como um super tufão, que matou recentemente 80 pessoas. Foi o 16º evento extremo que atingiu a nação só em 2012. Com a frase: "Nós estamos com você", jovens seguraram uma faixa por algum tempo.

"Nós apoiamos os países que têm levantado sua voz para rejeitar falsas soluções e um acordo sujo aqui em Doha. O acordo na mesa é um pacto de suicídio para seu povo", ressaltou Julian Velez, uma estudante presente.

A COP-18 termina na sexta-feira, 7 de dezembro.

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