Benedito Braga é o primeiro brasileiro ao ocupar o cargo em 16 anos do ConselhoFoto: divulgação
Detentor de mais de 12% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil ocupará, pela primeira vez, a presidência do Conselho Mundial da Água, órgão criado há 16 anos para agregar segmentos e instituições envolvidas com a temática. O escolhido foi o professor de engenharia ambiental da USP (Universidade de São Paulo), Benedito Braga, que já ocupou o cargo de diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e presidiu a última edição do Fórum Mundial da Água, principal evento internacional sobre o tema, ocorrido em março e organizado pelo conselho. Braga, que foi eleito por unanimidade na assembleia geral do órgão, substitui o francês Loïc Fauchon.
Apesar do ineditismo, não se pode denominar de surpresa a eleição do professor. Braga ocupava o cargo de vice-presidente do conselho e, aos 62 anos, é considerado uma das maiores autoridades sobre o tema no mundo. Ph.D. pela Universidade de Stanford (EUA), ele foi responsável dos fóruns sobre o tema nas discussões de Haia e Kyoto, além de ser uma das lideranças nas negociações sobre água, com a ONU. A gestão dele deverá focar no diálogo entre os países e o alinhamento de suas gestão hídrica, principalmente os subdesenvolvidos.
Membro do conselho, a senadora Kátia Abreu comemorou a eleição de Benedito Braga. "Também é importante para o Brasil, que poderá compartilhar experiências com outros países e levar adiante uma discussão crucial para o futuro da humanidade: a utilização da água na produção de alimentos", destacou ela ao CNA.
Representantes
O Brasil possui ainda outros quatro representantes nos denominados governadores, um grupo de 36 especialistas de vários países, que detém direito a voto no conselho: o diretor da ANA Paulo Varela, o superintendente da ANA Ricardo Medeiros, o presidente da Rede Latino-Americana de Organismos de Bacia (Relob) Lupércio Ziroldo e, por fim, Nilton Azevedo, da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria e Base (Abdib).
De acordo com a Agência, a composição atual do Conselho Mundial "coloca o Brasil na condição de um dos principais países do mundo em termos de representação nacional e maior representante da América Latina".
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