Bioma ocupa 60% do território brasileiro.
Foto: Andre Havro
Por Ministério do Meio Ambiente
Comemora-se nesta quarta-feira, 5 de setembro, o Dia da Amazônia, região brasileira que abrange sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, constituindo-se num dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade. A data foi escolhida porque nesse mesmo dia, em 1850, Dom Pedro Primeiro criou a província do Amazonas.
O Dia da Amazônia busca conscientizar a população sobre a importância da maior floresta tropical do mundo. O bioma ocupa 60% do território brasileiro e abrange oito países além do Brasil (Peru, Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa). Aqui no país abriga, atualmente, pelo menos 30 milhões de pessoas.
Encontram-se, em território amazônico, densas florestas, savanas e florestas de igapó permeadas pelos rios. Levantamentos recentes mostram que a Amazônia abriga pelo menos 40 mil espécies de plantas, 427 de mamíferos, 1.294 de aves, 378 de répteis, 427 de anfíbios e cerca de três mil espécies de peixes. Seus rios comportam cerca de 20% da água doce do mundo e a floresta constitui importante estoque de gases responsáveis pelo efeito estufa.
Unidades de Conservação
Existem no bioma 306 Unidades de Conservação (UCs), sendo que 95 dessas recebem recursos do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Destas, duas começam, a partir deste mês de setembro, a receber recursos do Fundo de Áreas Protegidas (FAP) porque são as primeiras unidades de conservação consolidadas pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa): “Vamos apoiar a manutenção do Parque Estadual do Cantão, no Tocantins, e da Reserva Biológica (Rebio) do Jaru, em Rondônia”, esclareceu o coordenador do programa, Trajano Quinhões.
As duas Unidades de Conservação receberão, cada uma, R$ 250 mil anuais. “Significa um grande benefício para Amazônia, porque o FAP é um fundo do Arpa e estes repasses marcam, concretamente, o uso dos rendimentos do fundo para auxiliar na manutenção das UCs consolidadas pelo programa”, explicou a analista ambiental da secretaria de biodiversidade e florestas do Ministério do Meio Ambiente, Rosiane Pinto, que está em visita a Cantão e Jaru.
Esses recursos, segundo o coordenador do Arpa, poderão ser utilizados para reformar a sede da UC, fazer reposição e aluguel de equipamentos, operações de campo, aquisição de combustível, alimentação e revisão do Plano de Manejo da UC, entre outros usos permitidos.
Repasses do FAP
Os repasses de recursos do FAP/Arpa para as primeiras duas UCs da região têm caráter perpétuo e ocorrerão anualmente enquanto preencherem as condições de elegibilidade estabelecidas pelo Arpa. A Rebio do Jaru ocupa uma área de 328.150 hectares, está sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e já recebeu do Arpa, entre 2005 e 2012, investimentos aproximados de R$ 3 milhões. O Parque do Cantão engloba mais de 100.400 hectares e pertence ao Instituto Naturatins, de Tocantins, sendo beneficiado com R$ 1,8 milhão do Arpa, nos últimos sete anos.
“Escolhemos iniciar os repasses do FAP neste mês em comemoração ao Dia da Amazônia”, confirmou Quinhões, que insiste na importância deste fato. É bom lembrar que, somente de floresta, o bioma ocupa uma área total estimada em mais seis milhões de quilômetros quadrados, abrangendo todo Norte do Brasil, o Sul da Venezuela e da Colômbia, e Norte do Peru e da Bolívia. A Amazônia Legal abrange os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso e Tocantins e parcialmente o estado do Maranhão.
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