Data estimula que a população reflita sobre os hábitos de consumo e promova ações mais conscientes
Foto: El Pelos Briseño
Em uma época em que 16% da população mundial é responsável por 78% do total do consumo no planeta, e que a humanidade já consome 50% mais recursos do que a Terra consegue regenerar, o Dia do Consumo Consciente, celebrado na terça-feira, 15 de outubro, procura alertar a todos sobre a importância de uma transição para uma sociedade ambientalmente mais equilibrada e socialmente mais justa.
A data foi criada pelo Ministério do Meio Ambiente brasileiro em 2009, com o objetivo de despertar a consciência da população para os problemas sociais, econômicos, ambientais e políticos causados pelos padrões de produção e consumo excessivos e insustentáveis. Todavia, diversos eventos realizados nos anos anteriores foram fundamentais para esse processo.
No âmbito internacional, em 2008, a Consumers International (CI) promoveu uma mobilização mundial na mesma data para marcar a importância da educação para o consumo sustentável. O movimento Global Consumer Action Day contou com a adesão de mais de 40 instituições membros da CI e outros grupos de consumidores em 33 países.
No mesmo ano, o Brasil instituiu o Comitê Gestor Nacional de Produção e Consumo Sustentável, articulando vários ministérios e parceiros tanto do setor privado quanto da sociedade civil, com a finalidade de elaborar o Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentável.
Pra lá de Marrakesh
Um ano antes, em 2007, o Brasil aderiu ao Processo de Marrakesh (iniciado em 2003 no Marrocos), documento que estabelece uma série de iniciativas que estimula que cada país membro das Nações Unidas desenvolva seu plano de ação, para promover o alcance de padrões sustentáveis de consumo e produção, alinhados com as necessidades de desenvolvimento social e econômico, para ser compartilhado com os demais países, em nível regional e mundial.
Pesquisar sobre a origem dos produtos é um ponto importante para o consumo consciente
Foto: Imprensa GPA
Em 2002, a Rio+10 (Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável) já traçava no Plano de Johanesburgo um conjunto de programas com duração dez anos para apoiar e fortalecer iniciativas regionais e nacionais para promoção de mudanças nos padrões de consumo e produção sustentável.
Definições
Ainda no distante ano de 1995, a definição de “consumo sustentável” já recebia uma redação oficial pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS/ONU), depois de o debate ter sido iniciado durante a Agenda 21 (Eco-92):
Exercido de forma concreta, voluntária e cotidiana, o consumo consciente considera as variáveis de mercado, como preço, qualidade, impacto ambiental do consumo e responsabilidade empresarial. Mas, diferentemente do consumo responsável, nasce atrelado à coletividade, no exercício de uma nova e possível cidadania, ressalta o Instituto Akatu.
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