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Diagnóstico precoce permite cura do câncer infantojuvenil

No Dia Nacional de Combate à doença, dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, todos os anos, cerca de 9 mil casos são detectados no país. Os tipos mais comuns são a leucemia e os linfomas. O diagnóstico precoce e a quimioterapia são as principais armas.

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23/11/2012 às 12:50 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:59 - há XX semanas
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Peculiaridade do câncer infantil é que não há forma de prevenção, uma vez que não é possível explicar a razão do surgimento dos tumores
Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, todos os anos, cerca de 9 mil casos de câncer infantil são detectados no país. Os tipos mais comuns são a leucemia (doença maligna dos glóbulos brancos) e os linfomas (que se originam nos gânglios). A boa notícia é que o diagnóstico precoce e a quimioterapia, juntos, representam a principal arma contra a doença e permitem índices de cura que chegam a 80%.

No Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, lembrado na sexta-feira, 23 de novembro, a onco-hematologista e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, lembrou à Agência Brasil que a doença em crianças é diferente da diagnosticada em adultos. Nas crianças, as células malignas são geralmente mais agressivas e crescem de forma rápida. Os tumores dificilmente são localizados e o tratamento não pode ser feito com cirurgia.

Outra peculiaridade do câncer infantil é que não há forma de prevenção, uma vez que não é possível explicar a razão do surgimento dos tumores. Isis alertou que os sinais da doença podem ser facilmente confundidos com os de quadros bastante comuns em crianças, como infecções. Alguns exemplos são o aparecimento de manchas roxas na pele e anemia. Os sintomas, entretanto, devem se manifestar por um período superior a duas semanas para causar algum tipo de alerta.

Sinais da doença podem ser facilmente confundidos com os de quadros bastante comuns em crianças, como infecções.

“É preciso saber identificar quando aquilo está passando do limite e quando é normal. Afinal, qual criança não tem uma mancha roxa na canela de vez em quando? Dependendo da situação, a lista de sinais causa mais desespero nos pais do que ajuda”, explicou Isis. A orientação, segundo ela, é levar as crianças periodicamente ao pediatra.

A especialista também defende que os próprios oncologistas pediátricos orientem profissionais de saúde da rede básica sobre os sinais de alerta do câncer infantil. A ideia é que o pediatra geral e o agente de saúde, por exemplo, sejam capazes de ampliar seu próprio grau de suspeita, prescrever exames mais detalhados e, se necessário, encaminhar a criança ao médico.

“A doença não dá tempo para esperar. É preciso seguir o protocolo à risca, porque essa é a chance da criança. O primeiro tratamento tem que ser o correto”, ressaltou. Isis destacou também a importância de centros especializados de câncer infantil, já que a doença precisa ser combatida por equipes multidisplinares, compostas por oncologistas, pediatras, neurologistas, cardiologistas, infectologistas e mesmo psicólogos, odontólogos e fisioterapeutas, além do assistente social.

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