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Diáspora: micos tidos como invasores são transferidos do Rio para a Bahia

Uma operação inédita no País está removendo os micos-leões-da-cara-dourada de Niterói, no Rio de Janeiro, para Belmonte, cidade situada no sul da Bahia identificada como habitat natural da espécie. A transferência é baseada em estudos que identificaram essa como a melhor maneira para evitar que eles se encontrem com a espécie de primatas nativa da região, o mico-leão-dourado.

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28/03/2013 às 11:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 17:46 - há XX semanas
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Encontro das duas espécies pode gerar disputa por comida e áreas
Foto: Emerging Birder

Uma operação inédita no País está removendo os micos-leões-da-cara-dourada de Niterói, no Rio de Janeiro, para Belmonte, cidade situada no sul da Bahia identificada como habitat natural da espécie. A transferência é baseada em estudos que identificaram essa como a melhor maneira para evitar que os primatas se encontrem com a espécie nativa da região, o mico-leão-dourado.

A iniciativa já capturou 104 espécimes: 66 foram transferidos para a Bahia e o restante está sob suspeita de doenças

Os pesquisadores temem que o encontro entre os dois grupos possa prejudicar a manutenção de ambas as espécies. Segundo eles, o processo obedece a protocolo recomendado por instituições internacionais de proteção animal. A suspeita é que os micos-leões-da-cara-dourada foram introduzidos acidentalmente em Niterói.

A iniciativa, iniciada em 2011, já capturou 104 espécimes, mas somente 66 foram transferidas para a Bahia. O restante, que apresentou suspeita ou confirmação de doenças, está em quarentena (17) ou em cativeiro (24). Os especialistas calculam que já retiraram metade dos invasores da região e devem capturar todos até o final do ano.

Adaptação

No início do mês, de acordo com os coordenadores do programa, os primeiros filhotes dos grupos soltos foram observados na Bahia - sinal de que os indivíduos estão se adaptando bem à nova área.

O programa de remoção é conduzido pelo Instituto Pri-Matas em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio), Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro, Instituto do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Inea) e secretarias municipais de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade e de Educação de Niterói.

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