O ministro Raphael Azeredo (à direita) e o subsecretário-geral de Política I do MRE, Fernando Simas Magalhães, anunciam a participação da presidenta Dilma Rousseff na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável 2015
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff anuncia domingo, 27 de setembro, durante discurso na Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, as metas nacionais de redução da emissão de gases de efeito estufa que serão levadas à 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá em dezembro, em Paris.
“Ela não fará a apresentação do documento todo, mas dará os principais aspectos da contribuição brasileira. O documento que o Brasil vai apresentar é ambicioso, inovador. O Brasil conduziu amplas consultas à sociedade civil organizada e aos atores econômicos [para elaborar o texto]”, informou o diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores, ministro Raphael Azeredo.
Na Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável, entre os dias 25 e 27, na sede da ONU, em Nova York, os países adotarão oficialmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS guiarão as nações em uma agenda global de desenvolvimento sustentável até 2030 e substituirão os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), vigentes até o fim deste ano.
“Essa agenda 2030 dá todo o planejamento para os temas de desenvolvimento sustentável. É o mapa do caminho que a ONU terá perante si”, afirmou Azeredo.
Processo de participação
O processo de construção dos ODS começou com a Conferência Rio+20 e teve participação de 193 países. São 17 objetivos, com 169 metas universais para países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A negociação da nova agenda é considerada inovadora no âmbito da ONU, porque, diferentemente dos ODM, os ODS foram elaborados com participação direta dos estados-membros e da sociedade civil e nasceram a partir de amplas consultas no mundo.
Principais propostas
Entre as propostas estão erradicar a fome e a pobreza, promover a agricultura sustentável, saúde, educação e igualdade de gênero, além de garantir a todos o acesso à água, ao saneamento e à energia sustentável, o crescimento econômico, emprego, a industrialização, cidades sustentáveis e a redução da desigualdade. Também preveem a mudança de padrões de consumo e a produção.
A presidente Dilma fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas na segunda-feira (28). No domingo, a convite do secretário-geral da ONU, Ban Ki-mon, ela participará de um almoço com os presidentes da França, François Hollande, e do Peru, Ollanta Humala, para discutir o rumo das negociações climáticas para a COP21.
De acordo com o Itamaraty, estão previstos encontros bilaterais com outros chefes de Estado.
Na sexta-feira, às 9h, Dilma também deverá assistir ao discurso do papa Francisco, na Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável, na sede da ONU. A previsão é que a presidente embarque nesta quinta-feira (24) para os Estados Unidos.
(Por Ana Cristina Campos, da Agência Brasil)
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