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Diversificação na oferta do Ensino Médio pode ampliar desigualdades educacionais

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15/03/2016 às 10:55 • Atualizada em 01/09/2022 às 10:07 - há XX semanas
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Os jovens enxergam na escola a possibilidade de conseguir uma posição no mundo do trabalho
Foto: GERJ/Fotos Públicas

A diversidade de políticas para o Ensino Médio, sem que sejam implementadas com o devido cuidado, pode reforçar ainda mais as desigualdades educacionais entre os estudantes. A conclusão é da pesquisa Ensino Médio, Qualidade e Equidade: Avanços e Desafios em Quatro Estados: CE, GO PE e SP, realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Os resultados preliminares do estudo foram apresentados na semana passada, durante coletiva de imprensa, em São Paulo, com dados qualitativos e quantitativos dos quatro estados, escolhidos por apresentar resultados e políticas com bom desempenho nos últimos anos.

Para chegar a esses resultados iniciais, a equipe do Cenpec usou, além dos números do IBGE (Pnad) e do Inep (Saeb e Censo Escolar), análises de pesquisadores que estiveram nas redes avaliadas, com base em documentos e também na observação de 24 escolas (seis em cada estado) em territórios vulneráveis.

Escolas de educação integral costumam atrair alunos com perfil social maior do que a média

Os resultados iniciais, segundo a entidade, dão indícios de que a diversificação da oferta de Educação integral na etapa final da Educação Básica está relacionada ao nível socioeconômico dos estudantes, de modo que aqueles com melhores condições encontram-se matriculados nas escolas com projetos e oportunidades de qualidade superior.

Educação integral
Segundo Antônio Augusto Gomes Batista, coordenador de pesquisa do Cenpec, isso ocorre porque escolas de educação integral costumam atrair alunos com perfil social maior do que a média. Assim, eles, que já partem de um patamar mais elevado em relação a oportunidades educacionais aumentam ainda mais a diferença em relação aos que estudam em escolas de turno parcial ou no noturno.

“As consequências negativas da diversificação devem ser discutidas. É necessária muita cautela para não produzir mais e novas desigualdades”, afirma. “A correlação entre o nível socioeconômico e a matrícula na Educação Integral pode ser explicada porque algumas escolhas tendem a ser tomadas de acordo com as expectativas que temos em relação às nossas condições vida. Muitos jovens pensam: ‘isso não é para mim’.”

Juventude
Os dados também revelam as opiniões dos jovens sobre a educação que recebem. Entre os resultados, três se destacam: os jovens enxergam na escola a possibilidade de conseguir uma posição no mundo do trabalho; pretendem continuar estudando quando concluírem o Ensino Médio e têm uma boa relação com a unidade de ensino em que estão matriculados. Eles consideram que a escola é um espaço de sociabilidade. Foram ouvidos 669 jovens do segundo ano do Ensino Médio das quatro redes estaduais.

Para ter acesso aos dados completos, clique aqui.

(Via Todos Pela Educação)

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