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SUSTENTABILIDADE

Documento final da Cúpula dos Povos ataca a mercantilização da vida

Sintetizada em um documento de quatro páginas e 20 parágrafos, a declaração ataca a mercantilização da vida e faz a defesa dos bens comuns e da justiça social e ambiental. O texto exige o reconhecimento do trabalho das mulheres e afirma o feminismo como instrumento da igualdade e a autonomia das mulheres sobre seus corpos. Também enfatiza o fortalecimento das economias locais como forma de garantir uma vida sustentável.

• 25/06/2012 às 11:00 • Atualizada em 09/09/2022 às 14:36 - há XX semanas

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Manifestantes de diversas classes sociais, países e etnias participaram da Cúpula dos Povos, evento que foi realizado paralelamente à Rio+20/Foto: Marcello Casal Jr./ABr

A declaração final da Cúpula dos Povos, sintetizada em um documento de quatro páginas e 20 parágrafos, ataca a mercantilização da vida e faz a defesa dos bens comuns e da justiça social e ambiental. A cúpula reuniu durante oito dias representantes da sociedade civil em atividades paralelas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

O documento divulgado na sexta-feira, 22 de junho, critica as instituições financeiras multilaterais, as coalizações a serviço do sistema financeiro, como o G-8 e G-20, a captura corporativa das Nações Unidas e a maioria dos governos, “por demonstrarem irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta”.

A declaração ressalta que houve retrocessos na área dos direitos humanos em relação ao Fórum Global, que reuniu a sociedade civil também no Aterro do Flamengo, durante a Rio-92. “A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa crise se aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a democracia e a natureza.”

A economia verde, tão festejada na Rio+20 por líderes mundiais e empresários, foi desqualificada pelos participantes da cúpula. “A dita economia verde é uma das expressões da atual fase financeira do capitalismo que também se utiliza de velhos e novos mecanismos, tais como o aprofundamento do endividamento público-privado, o super-estímulo ao consumo, a apropriação e concentração de novas tecnologias.”

O documento exige o reconhecimento do trabalho das mulheres e afirma o feminismo como instrumento da igualdade e a autonomia das mulheres sobre seus corpos. Também enfatiza o fortalecimento das economias locais como forma de garantir uma vida sustentável.

Ao final são destacados oito eixos de luta e termina com uma exortação à mobilização. “Voltaremos aos nossos territórios, regiões e países animados para construirmos as convergências necessárias para seguirmos em luta, resistindo e avançando contra os sistemas capitalista e suas velhas e renovadas formas de reprodução”.

- Conheça a íntegra da declaração final da Cúpula dos Povos -

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