O estudo foi realizado em 194 países/Foto: AlishaV
O relatório anual sobre estatísticas sanitárias da OMS apontou que doenças não contagiosas são, atualmente, a causa de dois terços das mortes no mundo e destacou que, um em cada três adultos sofre de hipertensão, um em cada três tem diabetes e cerca de 12% da população é obesa. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira, 16 de maio.
O estudo, que foi realizado em 194 países, registrou altos níveis de pressão sanguínea (responsável por cerca de metade das mortes por derrame e problemas cardíacos) e da taxa de glicose no sangue em homens e mulheres, que caso não seja tratada, pode causar doenças cardiovasculares, cegueira e falha renal.
Segundo a diretora geral da OMS, Margaret Chan, o relatório também evidência o aumento das doenças não contagiosas que causam enfermidades crônicas, sobretudo em países vulneráveis e em desenvolvimento. A África foi citada como exemplo pela diretora, que demonstrou sua preocupação com a falta de medidas preventivas em alguns lugares do continente, onde parte da população não sabe que corre um "alto risco de morte e incapacidade por um ataque no coração ou um derrame", destacou Margaret à Agência EFE.
O excesso de peso é a terceira grande preocupação da organização. Pois, "em todas as regiões do mundo, o número de obesos dobrou entre 1980 e 2008", alertou o diretor do departamento de estatísticas sanitárias e sistemas da informação da OMS, Ties Boerma. "Hoje, cerca de 500 milhões de pessoas (12% da população mundial) são consideradas obesas", frisou.
O maior nível de obesidade foi detectado nas Américas, com 26% dos adultos, e o mais baixo no Sudeste Asiático (3%). As mulheres apresentaram uma porcentagem maior no quesito da obesidade.
O relatório será um dos assuntos abordados na próxima Assembleia Mundial sobre a Saúde, da OMS, de 21 a 26 de maio, em Genebra (Suíça). No evento, a organização informará os avanços conquistados da mortalidade infantil e materna, em relação ao HIV, à tuberculose e à malária.
Progresso
A organização obteve resultados positivos na luta contra a mortalidade infantil, desde que estabeleceu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) da ONU.
A mortalidade entre crianças de cinco anos reduziu de 88 mortes para cada mil nascidos vivos em 1990 (um total de 10 milhões de crianças) para 57 a cada mil (7,6 milhões) em 2010, resultando em uma diminuição de 35% na última década.
O dado de redução é grande também no que se refere ao número de mortes maternais, de 543 mil em 1990 para 287 mil em 2010, mas a OMS indica que "a taxa de redução é apenas a metade do necessário para conseguir o objetivo relevante dos ODM".
- Conheça o relatório na íntegra em inglês (PDF) -
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