Estações de recarga precisam vir junto dos incentivos
Foto: Divulgação
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei para incentivar o uso de veículos elétricos, híbridos e movidos por hidrogênio, carros menos poluentes do que os convencionais (movidos a combustíveis fósseis). A medida prevê uma redução de 50% no IPVA deste tipo de automóvel.
Como o imposto é divido entre Estado e município, o governo municipal abriu mão de sua parcela do IPVA até o limite de R$ 10 mil.
Ou seja, os veículos sustentáveis só serão beneficiados se custarem até cerca de R$ 150 mil. Esse foi o principal motivo de a Lexus ter lançado, neste mês, uma versão mais barata do híbrido CT 200h, com tabela de R$ 134 mil - até então o modelo japonês partia de R$ 154 mil.
É possível também que esses veículos sejam liberados do rodízio municipal, mas esse adendo ao projeto ainda está sendo estudado.
Em julho de 2013, mostramos aqui no EcoD que as montadoras apresentaram proposta ao governo na tentativa de viabilizar os veículos elétricos. Medidas de incentivo à produção, que devem ocorrer só a partir de 2017, não chegaram a ser especificadas no estudo, que será levado ao governo pela diretoria da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Pontos de recarga
A instalação de recargas elétricas no território nacional é um dos pontos em questão. O Congresso analisa, há mais de um ano, uma lei que torna obrigatória a instalação de pontos de recarga de baterias de carros elétricos junto às vagas de estacionamentos públicos, por exemplo.
Um dos entraves apontados pelas fabricantes dos carros elétricos é, justamente, a falta de locais para "reabastecer" esse tipo de veículo. Em países como Portugal e Espanha já existe uma grande rede de pontos onde o motorista pode estacionar o carro e deixá-lo carregando, em plena rua.
Crise energética
Entre os obstáculos para a disseminação dos elétricos no Brasil também pode ser destacada a atual crise energética enfrentada pelo país. O longo período de estiagem tem prejudicado a produção de energia pelas hidrelétricas, fato que é somado aos atrasos na conclusão de novos projetos para o setor. A alternativa foi reforçar a atuação das termoelétricas, cujos custos operacionais são muito mais onerosos.
Enquanto no Brasil o desenvolvimento dos carros elétricos ainda pareça uma realidade distante, as vendas desses veículos menos poluentes na Noruega já respondem por 10% do total de mercado, graças a incentivos generosos, tais como isenção de impostos sobre vendas e outras altas tributações, assim como as tarifas de estacionamento e pagamentos de pedágio. Eles também podem circular nas faixas de ônibus.
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