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Embalagens produzidas no Brasil prometem reduzir desperdício de alimentos

A lista extensa que inclui embalagens fabricadas com biopolímeros recicláveis, sistemas de fácil abertura, métodos alternativos de fechamento, filmes plásticos de alta barreira a gases e latas com formatos diferenciados, possibilitou ao Brasil a sétima posição no maior mercado global de embalagens.

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25/06/2013 às 13:00 • Atualizada em 29/08/2022 às 21:47 - há XX semanas
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Muitos alimentos não chegam à mesa do consumidor, principalmente por causa das embalagens inadequadas
Foto: Tim MacPherson/cultura/Corbis

O desperdício de frutas e hortaliças no Brasil gira em torno de 40%, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Para solucionar o problema dos alimentos que não chegam à mesa do consumidor, principalmente por causa das embalagens inadequadas, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro, desenvolveu uma embalagem plástica que busca conferir mais segurança, comodidade e praticidade ao consumidor, além de proteger melhor o produto e minimizar impactos ambientais.

No ranking mundial, o Brasil ocupa a 7ª posição, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Canadá

A embalagem é composta por uma bandeja reciclável de geometrias variadas, e uma base articulada e retornável, que se dobra e arma com um simples movimento, facilitando a logística e reduzindo o tempo de montagem. Os tamanhos disponíveis se ajustam aos pallets usados no país e na Europa, adaptando a solução tanto para uso no mercado interno quanto para exportação.

A inovação do INT recebeu no início de 2013 o IF Design Award 2013, um dos principais prêmios internacionais de qualidade e excelência em desenho industrial. A nova tecnologia soma-se às demais embalagens criadas no país nos últimos anos por empresas e institutos de pesquisa.

A lista extensa, que inclui embalagens fabricadas com biopolímeros recicláveis, sistemas de fácil abertura, métodos alternativos de fechamento, filmes plásticos de alta barreira a gases e latas com formatos diferenciados, possibilitou ao Brasil a sétima posição no maior mercado global de embalagens.

Segundo o designer Luiz Carlos Motta, que coordenou o trabalho, o INT já pretende fazer a transferência da tecnologia para indústrias interessadas em produzir as embalagens. “Estamos trabalhando em parceria com indústrias de transformação e elas têm a preferência no licenciamento”, contou ele à Agência Fapesp.

Mercado brasileiro de embalagens

No ranking mundial, o país está atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Canadá. Projeções feitas por consultores especializados indicam que, dentro de três anos, o país irá ultrapassar o Canadá e a França para assumir o quinto posto. Até lá, é esperado um crescimento médio anual de 6,2%, ritmo superior ao da maioria das nações que encabeçam a lista.

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O forte crescimento do setor de embalagens, formado por cerca de 1.100 empresas e que emprega quase 225 mil trabalhadores, a maioria nos segmentos de plástico, papel e papelão, é explicado por vários fatores, principalmente a melhora do cenário econômico e o aumento da renda da população, que tem impulsionado o mercado de bens de consumo.

“A inovação é um fator fundamental para o crescimento do segmento”, afirma Maurício Groke, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Segundo ele, para evoluir, as empresas de embalagem que atuam no país têm usado o design estrategicamente, olhando para o consumidor. “Precisamos desenvolver soluções criativas, aperfeiçoando o design das embalagens e inovando nos processos produtivos”, ressalta.

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A engenheira de alimentos Claire Sarantópoulos, pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), de Campinas, lembra ainda que a variedade de embalagens encontrada no Brasil é restrita ao perfil do nosso mercado, em que os grandes volumes são de baixo valor agregado. “Algumas tendências para o futuro ainda são raras no país como sistemas mais sofisticados de fácil abertura, embalagens ativas e inteligentes – que controlam os gases e a umidade ao redor de frutas ou incorporam absorvedores de oxigênio para preservar alimentos e bebidas por mais tempo – e outras tecnologias de rastreabilidade, como as etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID).”

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