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Emissões de CO2 norte-americanas registram redução histórica, aponta agência

Na contramão do mundo, que aumentou as emissões do gás de efeito estufa em nível recorde, os Estados Unidos registraram redução de 1,7% em 2011, na comparação com 2010, e em 7,7% desde 2006, segundo levantamento da Agência Internacional de Energia (AIE). A crise econômica e a substituição do carvão por fontes energéticas menos poluentes estão entre os principais fatores da queda.

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05/07/2012 às 13:00 • Atualizada em 10/09/2022 às 13:18 - há XX semanas
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As emissões nos Estados Unidos caíram 430 milhões de toneladas, ou 7,7% desde 2006/Foto: ribarnica

Segundo maior poluidor do mundo, atrás apenas da China, os Estados Unidos registraram a maior redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) nos últimos seis anos em comparação com outros países, embora em escala mundial a concentração deste gás de efeito estufa tenha alcançado cifras históricas, segundo estudo divulgado na terça-feira, 3 de julho, pela Agência Internacional de Energia (AIE).

“As emissões de CO2 nos Estados Unidos caíram 92 milhões de toneladas em 2011, 1,7% em relação ao ano anterior, principalmente pela troca do carvão para o gás natural na geração de eletricidade e um inverno excepcionalmente ameno, o que reduziu a demanda”, destaca o levantamento.

“Agora, as emissões nos Estados Unidos caíram 430 milhões de toneladas, ou 7,7% desde 2006, a maior redução de todos os países ou regiões. A mudança foi causada por menor uso de combustíveis no transporte (devido a melhorias na eficiência, maior preço do petróleo e crise econômica que provocou queda na circulação de veículos) e a uma substancial troca do carvão para o gás na geração elétrica”, acrescenta o estudo.

Para Bruce Niles, diretor da campanha Beyond Coal (Além do Carbono), da organização Sierra Club, os resultados dão às pessoas alguma esperança de que, "talvez, a humanidade não esteja empurrando o meio ambiente para um contexto de juízo final". O ativista lembrou que os Estados Unidos foram os maiores contribuintes do aquecimento global durante muitos anos, mas que tem tomado iniciativas para mudar de postura nesse sentido.

“Finalmente, já não estamos na situação de não fazer nada. Conseguimos uma redução superior à de qualquer país nos últimos oito anos. E não levamos a sério a liderança. É uma mistura de ações do governo de Barack Obama e das normas da EPA (Agência de Proteção Ambiental), comunidade após comunidade e Estado após Estado fazendo sua parte”, destacou Niles à IPS.

Gás natural e economia

Jamie Henn, diretora de comunicações da 350.org, afirmou que uma das razões para a indústria abandonar o carvão é a chegada do "relativamente barato" gás natural. Entretanto, alertou ser pouco provável que a substituição do carvão pelo gás natural ajude com o problema global da contaminação por gases-estufa nos Estados Unidos. Segundo Henn, “parte do xis da questão é que o gás natural pode reduzir as emissões contaminantes no curto prazo, mas tanto a lógica econômica quanto a do carvão apresentam falhas. Existem vazamentos de metano vinculados com a produção e o armazenamento do gás natural”.

Os ativistas concordam que uma das razões para que a contaminação por CO2 tenha diminuído nos Estados Unidos nos últimos anos tenha sido a queda da economia. A crise, ironicamente, foi boa para o meio ambiente. Os ativistas também atribuem a queda da contaminação a uma eficiência maior no uso dos combustíveis e aos esforços gerais na conservação e duplicação do uso de energias renováveis, como a solar e a eólica, nos últimos anos.

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