Empresa White Martins era uma das consumidoras da água irregular
Foto: UFRJ
Por Agência Brasil
Agentes da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) interditaram nesta quinta-feira, 4 de abril, uma empresa que explorava irregularmente água subterrânea na Baixada Fluminense.
A transportadora de água, localizada no bairro Jardim Primavera, em Duque de Caxias, é acusada de vender água imprópria para o consumo e de violação do hidrômetro da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). O proprietário foi encaminhado a DPMA e poderá ser multado em até R$5 milhões.
“Era uma empresa que vendia água potável, o que era suspeito, pois havia uma captação de água da Cedae sem hidrômetro e um poço muito sujo próximo do local”, informou o chefe da Cicca, José Mauricio Padrone.
Risco
Segundo ele, também havia no local uma oficina mecânica e uma empresa de lavagem de caminhões, o que pode prejudicar a qualidade da água comercializada pela empresa. “Por medida cautelar nós interditamos esta companhia e o proprietário foi levado a delegacia para prestar depoimento sobre a procedência da água”.
Padorne alertou sobre os riscos de comprar água sem conhecer a origem. Segundo ele, não se pode comprar água sem conhecer a procedência e sem verificar se a empresa tem o alvará da prefeitura para a venda e o transporte do produto, o que é um risco. “Muitas empresas comercializam água contaminada e sem a permissão da prefeitura”.
Segundo a assessoria da Secretaria de Estado do Ambiente, responsável pela Cicca, entre os clientes da empresa autuada estão a Fundação de Apoio e Escola Técnica (Faetec) de Saracuruna, a empresa White Martins e o Centro Integrado de Escola Pública (Ciep) Cândido Portinari.
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