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Empresas buscam relatório do IPCC para avaliar riscos climáticos

A maioria das empresas já examina como as alterações bruscas do clima e episódios extremos como enchentes, furacões, tornados e tufões, por exemplo, podem impactar sua produção, suas operações, a disponibilidade de bens e a demanda. Elas estão atentas às conclusões que virão no quinto relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será lançado pela ONU na sexta-feira, 27 de setembro.

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26/09/2013 às 15:55 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:38 - há XX semanas
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Autoridades demonstram preocupação durante conferência da ONU em Estocolmo (Suécia), onde será divulgado o quinto relatório do IPCC
Foto: iicd.ca

As empresas cada vez mais levam em conta fatores climáticos nos seus planejamentos estratégicos, e o quinto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que será lançado pela ONU na sexta-feira, 27 de setembro, deverá salientar os riscos associados a problemas como temperaturas extremas, secas e elevação do nível dos mares.

Segundo versões preliminares obtidas pela Reuters, o IPCC irá apontar como "extremamente provável" (com pelo menos 95% de probabilidade) que as mudanças climáticas tenham causa humana, e alertará governos sobre a necessidade de se empenharem mais no combate às emissões de gases do efeito estufa.

A maioria das empresas já examina como as mudanças climáticas e episódios extremos como enchentes, furacões, tornados e tufões, por exemplo, podem impactar sua produção, suas operações, a disponibilidade de bens e a demanda.

Uma pesquisa feita em janeiro pelo Projeto Transparência do Carbono e pela Accenture mostrou que 70% entre 2.415 empresas entrevistadas acreditavam que seu faturamento seria significativamente alterado por mudanças climáticas. Cerca de 51% afirmaram que secas e chuvas excepcionais já haviam afetado seus negócios, o que representava despesas potenciais combinadas de 1 trilhão de dólares.

"Para as empresas, não se trata de argumentar contra o consenso científico, e sim de entender a escala do risco", destacou à Reuters Celine Herweijer, sócia da PwC.

Influência do clima

Cerca de 80% do patrimônio de empresas listadas no índice FTSE 350, da Bolsa de Londres, estão no exterior, sendo grande parte nos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, como Índia, China, África do Sul e Brasil.

A fabricante de bebidas Diageo, por exemplo, vem se expandindo em mercados emergentes, como África, Índia e América Latina, e prevê que questões hídricas afetarão cultivos agrícolas ligados ao seu negócio.

"À medida que nossas empresas continuam crescendo, particularmente nos mercados emergentes, cresce o impacto das mudanças climáticas", ressaltou Michael Alexander, diretor ambiental da companhia, acrescentando que a empresa já busca matérias-primas cujo consumo dependa menos da água, como sorgo e mandioca.

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