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Empresas lançam Indústria Brasileira de Árvores Plantadas

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30/04/2014 às 16:01 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:33 - há XX semanas
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Esse setor, devido ao potencial de absorção de CO2 das árvores plantadas, pode contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas
Foto: romulo.filipini

Ampliar a competitividade dos produtos originários dos cultivos de eucalipto, pinus e demais espécies plantadas para fins industriais. Este é o principal objetivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), criada recentemente por 70 empresas cuja meta é desenvolver um novo setor econômico-industrial, ambiental e social.

Um dos focos da nova associação serão os painéis e pisos de madeira, celulose, papel, florestas energéticas, os produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Com sede em Brasília e escritório em São Paulo, a Ibá passa a representar as empresas que participavam da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), da Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta Resistência (Abiplar), da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf) e da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).

A união é resultado de um trabalho de benchmarking que mostrou os pontos em comum dos setores representados por essas entidades, principalmente, a base florestal como forte diferencial do negócio e referência socioambiental. Destacou também o investimento das empresas em tecnologia para os múltiplos usos da base florestal, o uso da biotecnologia voltada ao desenvolvimento de árvores geneticamente modificadas e a nanotecnologia.

Desse total, cerca de 50% dos plantios são certificados, garantindo a sustentabilidade e as boas práticas do setor.

O estudo reforçou ainda que esse setor, devido ao potencial de absorção de CO2 das árvores plantadas, pode contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e, consequentemente, atuar de forma mais intensa nas propostas brasileiras sobre o tema.

Base sólida

“A consequência natural era buscarmos mais sinergia e um trabalho institucional mais intenso, por meio de um único interlocutor. Foram dois anos de debates até o surgimento da Ibá”, afirmou ao Monitor Mercantil Carlos Augusto Lira Aguiar, presidente do Conselho Deliberativo da nova associação.

A Ibá nasce com uma base sólida e relevante para a economia nacional. O setor de árvores plantadas, com receita bruta de R$ 60 bilhões em 2013, representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial. As exportações somaram US$ 8 bilhões, o que equivale a 3% das exportações brasileiras. Além disso, é responsável por 5 milhões de empregos no país, o que representa aproximadamente 5% da população nacional economicamente ativa.

Árvores plantadas

Esse desempenho provém de 7,2 milhões de hectares de árvores plantadas, que ocupam menos de 1% do território brasileiro. Desse total, cerca de 50% dos plantios são certificados, garantindo a sustentabilidade e as boas práticas do setor.

“É no potencial das árvores plantadas que se baseiam os investimentos de R$ 53 bilhões de nossas empresas, em andamento e previstos, e que visam ao aumento dos plantios, ampliação de fábricas e novas unidades até 2020”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá.

Para ela, ao dar mais relevância à base florestal, a entidade buscará tornar o Brasil a principal referência mundial em árvores plantadas. Esses plantios terão cada vez mais relevância por conta do crescimento da população mundial que, em 2050, chegará a 9 bilhões de pessoas, e na substituição de materiais fósseis por produtos renováveis e recicláveis.

Agricultura familiar

Elizabeth ressalta também que as empresas da Ibá destacam-se pelos investimentos em programas sociais, práticas de manejo florestal, certificação dos plantios, consumo consciente dos recursos naturais e programas de fomento de pequenos produtores rurais, que, cada vez mais, geram valor social em regiões brasileiras distantes dos grandes centros urbanos.

“Ao valorizar a agricultura familiar, esses programas ajudam a reduzir a pressão sobre matas nativas e a recuperar solos degradados. Também diversificam atividades locais, geram emprego e renda e contribuem no desenvolvimento das comunidades nas quais os plantios e as unidades industriais estão inseridos”, completa.

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