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Ensino personalizado na Argentina e na Rocinha mostram resultados

Instituições funcionam sem séries, turmas, professores atuam de maneira diferenciada e há ensino interdisciplinar na reprodução de conhecimentos clássicos. Este modelo de ensino das Escuelas Experimentales é algo já adotado pela Escola Municipal André Urani, na rocinha, Rio de Janeiro, a diferença é que os argentinos usam as artes como fio condutor para levar os temas obrigatórios do currículo.

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18/06/2013 às 8:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:34 - há XX semanas
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O conteúdo de escolar é ensinado durante a pintura,ou aulas de violão ou dança.
Foto:Sxc.hu

Reconfigurar o modelo quase imutável de educação adotado desde o século XVI, principalmente na sociedade ocidental, tem sido algo ainda raro, mas quando se realizam as mudanças, os resultados se mostram valiosos. Na Argentina, uma rede composta por 38 escolas públicas chamadas Escuelas Experimentales desenvolve uma metodologia nos moldes de uma educação considerada democrática. No material escolar dos alunos constam pincéis, tintas e violão, e as aulas misturam saberes clássicos com metodologias novas.

“Nesta escola não se ensina nada, mas aprende-se muito”, brinca Emilio Urruty, diretor da unidade que fica em Ushuaia, no extremo sul da Argentina.“Há muitas características nessas escolas que parecem fórmulas. A receita não é explicada por meio de palavras, mas a partir do aprendizado experimental que cada estudante vivencia”, afirma Urruty ao portal Porvir. Este modelo de ensino das Escuelas Experimentales é algo já adotado pela Escola Municipal André Urani, na rocinha, Rio de Janeiro, a diferença é que os argentinos usam as artes como fio condutor para levar os temas obrigatórios do currículo.

Semelhanças

A cada unidade escolar da rede argentina existem entre 100 e 200 alunos. Eles são do ensino infantil ou fundamental mas não se dividem por turma, ou série, são colocados em grupos conforme suas habilidades e interesses. Sistema semelhante ao adotado na Rocinha, com estudantes do 7º ao 9º ano do ensino fundamental, nível dois. Os brasileiros trabalham divididos em seis grupos como membros das chamadas “famílias”. Os grupos foram alinhados após um diagnóstico de habilidades realizado no início do ano letivo.

O método educativo da escola carioca pode ser a videoaula, leitura, atividades individuais ou em grupo. Nas Escuelas Experimentales os métodos são as artes plásticas, a música e a dança.

Entre "los chicos", cada roda de discussão é composta por, no máximo, 15 estudantes. De acordo com Urruty, a metodologia adotada pela rede é fundamental para trabalhar o ensino personalizado. Assim como na Rocinha, em que cada aluno tem um itinerário de aprendizado pessoal, que já consta das competências necessárias a serem desenvolvidas e aprendidas.

O método educativo da escola carioca pode ser a videoaula, leitura, atividades individuais ou em grupo, e é o estudante quem decide de que maneira aprender os assuntos. Como suporte tecnológico, eles têm acesso a tablets e netbooks. Nas Escuelas Experimentales, os métodos são as artes plásticas, a música e a dança, assim cada estudante aprende matemática, por exemplo, enquanto está na aula de violão.

Outra característica presente nas escolas argentinas é a autonomia, tanto de alunos quanto de professores. No exemplo brasileiro, o professor é visto como facilitador do ensino e identificador de talentos.

Em ambos os casos, seja por meio de jogos, esportes, atividades lúdicas ou das artes, o ensino do conhecimento obrigatório é levado da maneira mais interessante para o educando.

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