Fábrica Termoverde (de produção de energia de biomassa) produz energia a partir do aproveitamento do lixo em Salvador
Foto: Carol Garcia/Secom-BA
Os empreendimentos de geração de energia renovável, que cumprem requisitos pré-estabelecidos relativos a aspectos socioeconômicos e ambientais, podem ser certificados com um selo criado pela Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), lançado na terça-feira, 13 de agosto.
O selo de energia renovável é obtido pelas empresas que compram a energia certificada para diferenciar seus produtos e serviços.
Na terça-feira foram entregues certificações de energia renovável para três pequenas centrais hidrelétricas e para dois complexos eólicos. “Os projetos são auditados e o empreendimento passa a ter um certificado de que produz energia limpa e renovável. Quem compra energia desse empreendimento ganha um selo, o que agrega valor para os dois lados da cadeia produtiva”, destacou à Agência Brasil o presidente da Abragel, Charles Lenzi.
Segundo a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Melo, os projetos envolvem energia hídrica, eólica e biomassa, e a certificação custa cerca de R$ 20 mil. “Criamos esse produto diferenciado que atende a grandes consumidores que compram no mercado livre de energia e terão a possibilidade de adquirir energia limpa e renovável”, explicou.
Críticas rebatidas
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que também participou do evento, rebateu as críticas sobre a matriz energética brasileira, baseada em hidrelétricas. “Muitos países que nos criticam dificilmente terão a matriz limpa e renovável como a nossa”, ressaltou.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também condenou as críticas externas a respeito do modelo energético brasileiro. “O sistema elétrico brasileiro polui menos que o rebanho bovino brasileiro ruminando à noite. Então, não me venham falar sobre poluição no Brasil por conta do sistema elétrico, que não existe. O mundo tem 50% de energia oriunda de termoelétricas que são poluentes. Temos uma matriz energética limpíssima”, argumentou, em referência aos impactos da pecuária no meio ambiente, como degradação do solo e a emissão de gases poluidores.
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