Escola de Jardinagem e comunidades plantam mais de 1,2 mil árvores em Salvador

Mais de 1,2 mil árvores foram plantadas desde janeiro
Fotos: Marcelo Gandra/Divulgação

Uma Kombi toda plotada com desenhos coloridos de um jardim cheio de flores. Se você ver uma dessa estacionada em alguma rua, canteiro ou praça de Salvador, é a equipe da Escola Municipal de Jardinagem Itinerante plantando árvores junto com moradores de algum bairro da cidade.

Com o objetivo de transformar as praças e áreas verdes de Salvador de forma participativa, a Prefeitura de Salvador por meio da Secretaria Cidade Sustentável (Secis) lançou o projeto Escola Municipal de Jardinagem Itinerante, que nos três primeiros meses de 2016 já plantou mais de 1,2 mil mudas de árvores em 60 locais diferentes do município.

“A participação do cidadão é a essência da Escola de Jardinagem, sobretudo porque envolve, além do plantar, a busca pela conscientização ambiental de quem vive na cidade, como crianças, idosos e empresários”, explicou André Fraga, titular da pasta Cidade Sustentável do município.

Na orla de Salvador, as espécies são diferentes das colocadas em bairros mais afastados do mar, como os algodoeiros da praia

Dentre as espécies nativas plantadas estão ipês, quaresmeiras, sibipurunas e pau ferros, pois elas se adaptam melhor ao solo soteropolitano, e podem ser apreciadas nos mais variados espaços de Salvador, como praças, canteiros e escolas. Na orla de Salvador, por exemplo, as espécies são diferentes das colocadas em bairros mais afastados do mar, como os algodoeiros da praia.

Os locais públicos considerados aptos para o plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica poderão receber a iniciativa. A medida não é válida para terrenos de risco, como encostas ou aqueles onde haja grande movimentação de veículos pesados. É necessário também o envolvimento direto da comunidade com o projeto.

Nos últimos meses, críticas à gestão municipal da capital baiana começaram a ganhar peso devido ao desmatamento em alguns pontos da cidade, por conta da construção de empreendimentos imobiliários e obras de infraestrutura. O governo do Estado também foi acusado de suprimir parte da vegetação para as obras do metrô. Iniciativas como a da Escola de Jardinagem, juntamente com a ação de voluntários, ajudariam a compensar essas perdas de biodiversidade.