Escritora australiana acredita que o consumo colaborativo vai mudar o mundo

Segundo a escritora, graças ao consumo colaborativo as grandes instituições deixam de concentrar o poder de comercialização e o transfere para redes de indivíduos e comunidades
Foto: Justin Griffiths-Williams

Quando falamos em consumo colaborativo logo vem à cabeça a ideia de compartilhar, trocar e alugar. Mas, como comportamentos mercantis tão antigos podem dá certo em pleno século 21?

A resposta vem da escritora australiana especialista em consumo Rachel Botsman, coautora do livro “O Que É Meu É Seu: Como o Consumo Colaborativo Vai Mudar Nosso Mundo”. Em entrevista ao jornal Folha ela afirma que o novo modelo de consumo vai mudar o mundo e desenha um novo tipo de consumidor.

Ao invés de feiras livres, a ponte de comércio agora são as novas tecnologias que criam um mercado capaz de conectar milhões de bens e aptidões com milhões de necessidades. Segundo a escritora, graças ao consumo colaborativo as grandes instituições deixam de concentrar o poder de comercialização e o transfere para redes de indivíduos e comunidades. Eu, você, qualquer um que tenha acesso a internet pode fornecer um produto ou serviço.

O novo modelo também cria um mercado para coisas que antes não imaginávamos que seriam comercializadas. “É possível alugar casas na árvore, contratar serviços de tarefas domésticas e compartilhar carona”, afirmou Rachel.

Além disso, o que vem revolucionar o consumo colaborativo é a maneira como visualizamos o produto. Rachel lembra que cada vez as pessoas optam mais pelo benefício e a experiência que as coisas proporcionam do que pela própria vontade de ter o objeto.

Para Rachel Botsman, a transformação da forma como consumimos está acontecendo devido a quatro fatores:

• Uma crença renovada na importância da comunidade, a uma redefinição do que amigo e vizinho realmente significam;
• Uma torrente de redes sociais e tecnologias em tempo real, mudando fundamentalmente a maneira que nos comportamos;
• Preocupações ambientais não resolvidas;
• Uma recessão global que chocou radicalmente comportamentos de consumo.

Assista abaixo o TED da escritora: