A ameaça da caça ilegal é constante e só no ano passado causou a morte de 59 rinocerontes
Fotos: Brent Stirton
O fotógrafo Brent Stirton passou uma temporada no Quênia, onde acompanhou a rotina dos últimos rinocerontes-brancos-do-norte e seus protetores. E por que últimos? Explicamos: por causa da ganância de parte da humanidade. É que um quilo de chifre de rinoceronte custa em torno US$ 65 mil no mercado negro asiático.
Atualmente, há cerca de 25 mil rinocerontes no mundo e apenas seis deles são rinocerontes-brancos-do-norte – três estão no Quênia, dois no zoológico de San Diego (EUA) e um na República Tcheca.
Suni, o sétimo dos rinocerontes-brancos-do-norte e um dos dois únicos machos com capacidade reprodutora, foi encontrado morto em outubro, na Ol Pejeta Conservancy, no Quênia. Embora o episódio não esteja ligado à caça ilegal e as causas de morte ainda estejam sendo verificadas, o acontecimento reacendeu o debate sobre a possível extinção da espécie. "A espécie está agora em vias de ser completamente extinta, graças à ganância da raça humana", afirmou a organização.
A ameaça da caça ilegal é constante e só no ano passado causou a morte de 59 rinocerontes, entre negros e brancos. Para proteger os últimos rinocerontes-brancos-do-norte, a espécie mais rara, a Ol Pejeta Conservancy e a Fundação Internacional contra Caça Furtiva (IAPF) formaram uma equipe especial de guarda-costas, especializados em monitoramento e defesa, que ficam na cola desses animais.
Além dos seguranças, que andam constantemente armados, os rinocerontes contam com o apoio de veterinários especializados, que também os acompanham de perto.
Queratina
Diferentemente do chifre do elefante, o chifre do rinoceronte não é feito de marfim, mas de queratina. A procura por eles cresceu nos últimos anos devido a uma crença, difundida em países asiáticos, de que o material contém propriedades medicinais e que funcionaria como um poderoso afrodisíaco.
Retirar os chifres de um rinoceronte não causa a morte do animal e ele se regenera por completo em até 3 anos. O que torna o comércio dos chifres perigoso, contudo, é a forma com que eles são removidos e como, na maioria das vezes, o animal é abatido para a extração. Além dos guarda-costas, outra estratégia das ONGs protetoras para salvar a espécie é fazer a remoção periódica dos chifres, procedimento feito por veterinários e em total segurança, o que torna os animais desinteressantes para os caçadores, garantindo sua sobrevivência.
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