Segundo a ONU Mulheres, a eliminação de qualquer forma de discriminação com base em gênero depende de políticas e leis efetivas
Foto: Ministério da Cultura/Janine Moraes
A 60ª Sessão da Comissão das Nações Unidas sobre a Situação das Mulheres foi concluída na sexta-feira (25) com os Estados-membros da ONU se comprometendo a adotar iniciativas para promover a igualdade de gênero por meio de leis, políticas e instituições mais fortes, além de incentivar o acesso a dados e financiamentos.
De acordo com a ONU Mulheres, a comissão reconheceu o papel vital das mulheres como agentes de desenvolvimento, e que progressos nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, não serão possíveis sem igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.
A diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, elogiou o acordo e o comprometimento dos Estados-membros de tornar a Agenda 2030 uma realidade globalmente.
“Os países deram à desigualdade de gênero um prazo de validade: 2030. Agora é hora de trabalhar. Esses acordos consolidam e iniciam a implementação de uma agenda de gênero com a qual temos a melhor possibilidade de não deixar ninguém para trás”, disse a diretora-executiva em comunicado à imprensa.
Compromisso global
A ONU Mulheres disse que o crescente compromisso global já estava em evidência com o número recorde de mais de 80 ministros de Estados presentes na comissão. Cerca de 4,1 mil representantes não-governamentais de mais de 540 organizações também participaram, o maior número para uma reunião regular anual da comissão.
A comissão previu uma abordagem compreensiva da implementação de todos os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, por meio da integração das perspectivas de gênero em todos os programas e políticas governamentais.
Medidas especiais
Segundo a ONU Mulheres, a eliminação de qualquer forma de discriminação com base em gênero depende de políticas e leis efetivas. Para a organização, medidas especiais temporárias podem ser necessárias para garantir que mulheres e meninas obtenham justiça para violações aos direitos humanos.
A comissão também defendeu um aumento significativo dos investimentos para acabar com a desigualdade de gênero, incluindo compromissos no combate a fluxos financeiros ilícios que diminuem os recursos públicos destinados à resolução do problema.
Membros da comissão também defenderam a participação igualitária de mulheres em todos os níveis de tomada de decisão nas esferas pública e privada, abrangendo governos, empresas e outras instituições, e em todas as áreas do desenvolvimento sustentável.
A sessão deste ano foi presidida pelo Brasil, representado pelo embaixador brasileiro Antonio Patriota.
(Via ONU Brasil)
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