Fenômeno esquenta as águas do Pacífico
Foto: ingridtaylar
A corrente quente cíclica do Pacífico, o El Niño, que influencia o clima em todo o planeta, não parece ter sido afetada pelas mudanças climáticas no século 20, segundo uma análise de fósseis de corais de 7 mil anos divulgada na sexta-feira, 4 de janeiro, na revista Science. Cientistas questionavam se a frequência e amplitude do fenômeno teriam sido afetadas pelo aquecimento global ou outros fatores.
Os autores do estudo não observaram um impacto significativo ao analisarem o crescimento mensal de esqueletos de corais durante 70 séculos em duas ilhas tropicais do Pacífico onde os efeitos do El Niño são mais intensos. A técnica permitiu reconstituir a evolução das temperaturas e as precipitações ao longo do mesmo período.
Os pesquisadores indicaram, ainda, que os resultados das análises desmentem certos modelos segundo os quais o El Niño reage às variações da radiação solar. Com base nestes novos dados, mediram a intensidade do fenômeno e constataram um crescimento leve no século 20, estatisticamente significativo, que poderia estar ligado às mudanças climáticas induzida pela atividade humana, explicaram.
Mas os dados proporcionados pela análise de esqueletos de coral mostram uma intensidade ainda maior do El Niño há 400 anos, embora de duração mais curta. "O nível de variação do El Niño observado no século20 tem precedentes", assinalou à AFP Kim Cobb,, professora adjunta de ciências atmosféricas da Terra no Instituto de Tecnologia da Georgia (Sudeste dos Estados Unidos), principal autora do estudo.
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