O ideal é que as atividades físicas complementem os remédios, segundo os pesquisadores
Foto: Ed Yourdon
O que é melhor para pacientes que têm problemas cardíacos: remédios ou exercícios físicos? Cientistas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha analisaram centenas de testes que envolveram 340 mil pacientes na busca de uma comparação entre o efeito de exercícios físicos e medicamentos. O resultado? Os exercícios físicos podem ser tão eficientes no combate a doenças cardíacas quanto os remédios.
A pesquisa, que foi publicada na revista científica British Medical Journal (BMJ), aponta que as atividades físicas obtiveram resultados semelhantes aos dos medicamentos para doenças cardíacas, com a exceção dos diuréticos, que tiveram melhores resultados do que a atividade física.
Quando o assunto foi derrames, os exercícios tiveram uma eficácia ainda maior do que os medicamentos. Mas os especialistas alertaram que as pessoas que praticam atividades físicas não devem abandonar os medicamentos devido a esses resultados. Eles recomendam que ambos sejam usados ao mesmo tempo no tratamento de doenças, informou a BBC Brasil.
Atividades físicas x Medicamentos
Os estudos revelaram ainda que, na Grã-Bretanha, as pessoas não se exercitam o suficiente. Apenas um terço da população na Inglaterra acata a recomendação médica de fazer 2,5 horas de exercícios de intensidade moderada por semana – como caminhada rápida e bicicleta. Além disso, o uso de remédios com receita médica está aumentando - cerca de cinco por pessoa, em dez anos.
Para a especialista Amy Thompson, da Associação Cardíaca da Grã-Bretanha, é sabido que os exercícios físicos trazem benefícios à saúde, mas ela ressalta que não há provas definitivas para comprovar a tese de que as atividades podem ser mais eficazes do que remédios em tratamentos.
"Remédios são uma parte importantíssima do tratamento de condições cardíacas, e pessoas com receitas médicas devem continuar tomando seus medicamentos", afirmou a médica.
O levantamento atual foi feito com base em estudos anteriores. Trabalharam na pesquisa cientistas da London School of Economics, Harvard Pilgrim Health Care Institute e Stanford University School of Medicine.
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