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Faça você mesmo: Creme dental natural

Que tal aprender a fazer um creme dental caseiro, que além de barato não possui toxinas e não agride o meio ambiente? O EcoD trouxe a receita para você.

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19/04/2013 às 12:00 • Atualizada em 29/08/2022 às 8:10 - há XX semanas
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Foto: reprodução

Triclosan, flúor, cloreto de belzalcônio e clorexidina. Esses são alguns dos produtos químicos normalmente presentes em pastas de dentes considerados nocivos à saúde, que podem causar desde irritação na pele e até resistência bacteriana e câncer, sem falar nos danos ao meio ambiente causados pelas embalagens. É o que constata o artigo científico “Impactos Ambientais da Pasta de Dente”, produzido por um grupo de alunos orientados pela professora de biologia e pesquisadora da USP, Mônica Fogaça.

Que tal aprender a fazer um creme dental caseiro, que além de barato não possui toxinas e não agride o meio ambiente?
Aprenda na receita abaixo do site Outra Medicina. Lembrando que é possível acrescentar outros produtos naturais para dar um gosto a mais, como hortelã ou menta.

Ingredientes:

  • 2 colheres de sopa de casca de laranja, ou limão, completamente secas
  • ¼ de xícara de bicarbonato de sódio
  • 2 colheres de chá de sal

Modo de Preparo:

Faça a moagem da casca, em um moinho ou em um processador de alimentos. Acrescente o sal e o bicarbonato. Misture tudo, e volte a passar pelo processador até obter um pó muito fino. Guarde em um frasco que possa ser bem fechado. Quando for utilizar, umedeça a quantia desejada e escove os dentes como de costume.

Conheça abaixo mais detalhes, contidos no artigo, sobre os impactos das pastas de dentes na saúde e ambiente.

Formol

O Formaldeído, também conhecido como formol, formalina, aldeído fórmico ou oximetileno, que é usado com anti-séptico (que inibe a proliferação de micro-organismos). O formol gera alguns impactos à saúde, como ser irritante para a pele, olhos e para o sistema respiratório, o que o compromete. Essa mesma substância, segundo um estudo, mostra que a exposição doméstica do formol aumenta o risco de asma brônquico na infância. Um estudo feito pelo IARC (International Agency for Research on Cancer), em setembro de 2004, mostrou que o formol foi classificado como cancerígeno para humanos.

Triclosan Tóxico

Outra substância encontrada em alguns cremes dentais (como, por exemplo, Colgate Total) é o Tryclosan ou Triclosan, que tem função de anti-séptico e bacteriostático. Segundo alguns estudos, o Triclosan, se exposto a grandes quantidades de cloro (presente na água), forma o clorofórmio, que, de acordo como a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, é considerado uma das causas do câncer. O triclosan também pode formar diclorobenzeno-p-dioxina 15, resultado do triclosan com o sofrimento de degradação da luz. A substância resultante acima é considerada cancerígena.
Pode-se considerar o triclosan como uma substância bem tóxica e que, se continuar nos cremes dentais, pode deixar a população doente.

Nitrato de Potássio (KNO3)

O nitrato de potássio, além de ser usado na pasta de dente, é usado também em adubos, como a vinhaça, que, dependendo da quantidade utilizada, pode fazer mal ao solo, pois pode alterar suas propriedades químicas e físicas. Essas alterações podem melhorar a agregação, o que gera uma maior capacidade de infiltração da água no solo e aumentam as chances de ocorrer uma lixiviação de íons (perda da parte negativa dos átomos).
Essa lixiviação contamina as águas subterrâneas quando há grandes quantidades e promove a dispersão de partículas do solo, reduzindo as chances de infiltração de água e elevando o escoamento superficial, as chances de secar o solo e contaminar as águas superficiais.
Além disso, o KNO3 pode ser nocivo se ingerido, pois causa tosse, dor de garganta, vermelhidão na pele e nos olhos, dor abdominal, tontura, diarreia e convulsões. O produto pode ser inflamável e/ou explosivo, se entrar em contato com substâncias combustíveis, e pode explodir, se entrar em contato com substâncias redutoras.

Flúor

O flúor é usado para a prevenção de cárie. Sendo colocado para a prevenção nas mais variadas formas: fluoretação das águas de abastecimento público, pela sua adição ao leite, ao sal e ao açúcar.
Após uma dose de fluoreto certamente letal (5 a 10g de fluoreto de sódio), aparecem sinais de irritação gastrointestinal violenta, tal como náusea, vômito e diarreia. Desenvolve-se um estado de choque e a vítima morre frequentemente entre 2 a 4 horas após a ingestão de fluoreto. Quando as quantidades são um pouco menores, como 8 mg, os sintomas são menos sério, mas ainda pertinentes. É só uma questão de dose que diferencia entre remédio e veneno.
Não há dúvida de que a descoberta das propriedades anticariogênicas do flúor constitui um marcos mais importantes da Odontologia.
Existe um aumento potencial para a ingestão de doses tóxicas de fluoreto, por causa do aumento do uso de produtos com sabor agradável.
Conclui-se que o flúor deve ser usado, mas de forma adequada, pois pode acontecer a intoxicação, mesmo ela sendo bem rara pela quantidade que se deve ingerir.

PEG (Polietilenoglicol)

O PEG é um polímero (composto químico de elevada massa molecular) formado pelo etileno glicol (um álcool), que pode ser encontrado em vários objetos. De acordo com um trabalho realizado em 2006 na Dinamarca, o PEG pode causar um perigo de dermatite alérgica.
Em um congresso especializado, se concluiu que o uso do PEG deve ser restrito às unhas e nunca deve entrar em contato com a pele. Mas há controvérsias dizendo que o PEG é relativamente seguro. Dependendo do fabricante, o PEG pode conter diversos tipos de impurezas, incluindo óxido de etileno, dioxano e metais tóxicos, como arsênico, níquel e cobalto.
Ou seja, muitos dizem que faz mal e poucos, que faz bem. Mas, de acordo com a pesquisa realizada, obtivemos mais informações que comprovam que o PEG faz mal.
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