Três milhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira/Foto: Marcello Casal Jr
De frente para o mar de Copacabana, dezenas de pessoas encontraram inspiração para pedir a preservação de oceanos, na quinta-feira, 21 de junho. Em uma faixa de 150 metros estendida no calçadão, elas deixaram declarações de amor e cobraram dos governantes ações para salvar o ecossistema. A iniciativa é da ONU, que trouxe, pela primeira vez à América Latina, o artista espanhol Angel Arenas, idealizador do chamado Poema Gigante.
Os oceanos e mares são vitais para existência do ser humano porque produzem oxigênio e alimentos. A ONU afirmou que, três bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a própria subsistência. Porém o tema não mereceu ações específicas de proteção no documento elaborado pelos chefes de Estado na Rio+20, de acordo com a Agência das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
"A situação dos oceanos ainda não teve muito destaque. Nas negociações da Rio+20 falamos muito sobre florestas, o que é normal, poluição do ar e uma série de outras questões. Os oceanos não foram muitos discutidos", comentou o representante, Eric Falt.
O gari Richards Santos, de 28 anos, se preocupa com a quantidade de lixo na praia, principalmente pequenos dejetos, como guimbas de cigarro e canudos. Ele fez uma pausa para dar uma bronca em forma de poema e pedir para as pessoas levarem de volta o que trazem à praia. "É muito lixo que a gente tira. As pessoas deviam ter mais cuidado, com latas e garrafas PET", declarou, enquanto parava rapidamente para deixar seu recado no poema.
Já o casal de turistas gaúchos Alvaci Gonçalves, de 66 anos, e José Gonçalves, de 68 anos, completaram a faixa pedindo a defesa da natureza. "Uma vez que a gente se conscientiza em salvar o planeta, o mar vai se beneficiar também. É um conjunto de atenção", afirmou a aposentada, que veio ao Rio para participar dos eventos paralelos à conferência.
O artista Angel Arenas se diz contente com o engajamento do público. Segundo ele, os oceanos estão esquecidos na agenda internacional e a ideia do poema era tirar o assunto dos encontros oficiais e trazer para a orla. "Só a população pode pressionar os governos agora. Nosso objetivo aqui é esse. Fazer com que [as pessoas] tomem consciência de sua força e cobrem a limpeza do mar", destacou sobre a obra, que será doada à prefeitura da cidade do Rio.
Com informações da Agência Brasil.
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