Foto: reprodução
A prateleira do professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), José Goldemberg, acaba de ganhar um novo mimo. Ele venceu o Prêmio Zayed de Energia do Futuro (Zayed Future Energy Prize) na categoria Life achievement, concedido a profissionais de destaque na área de energia renovável.
Um dos maiores especialistas em energia no mundo, o físico é conhecido como defensor do uso de novas tecnologias para promover o desenvolvimento sustentável. Goldemberg recebeu o prêmio no valor de US$ 500 mil em uma cerimônia na capital dos Emirados Árabes Unidos (EAU), das mãos do xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.
“Fiquei admirado por ter recebido o prêmio, porque não só é um reconhecimento do trabalho científico que tenho feito, mas também de que a bioenergia é um ingrediente importante para um futuro sustentável”, afirmou Goldemberg à Agência FAPESP. “É a primeira vez que eles premiam alguém cujo trabalho é em bioenergia, o que chama atenção, porque se trata de um prêmio concedido no Oriente Médio”, disse. Os Emirados Árabes têm uma das dez maiores reservas de petróleo no mundo.
O prêmio ainda teve categorias voltadas a pequenas e médias empresas, escolas de ensino médio, organizações não governamentais e grandes empresas, vencida este ano pela Siemens. No total, foram distribuídos US$ 4 milhões em prêmios.
Reconhecimento
Não foi a primeira vez que o físico brasileiro teve seu trabalho reconhecido mundialmente. Em 2007, a revista Time escolheu Goldemberg como um dos “heróis do meio ambiente”. Um ano depois, ele recebeu o Planeta Azul (Blue Planet Prize), da Asahi Glass Foundation, do Japão, considerado o “Nobel do Meio Ambiente”, pela sua participação na realização da Rio 92, dentre outros motivos. Em 2010, foi a vez de Goldemberg receber o Prêmio de Ciência Trieste Ernesto Illy, em Hyderabad (Índia).
O físico, que iniciou a carreira na área nuclear, conta que entrou com quase 50 anos na área de energia. A motivação veio da percepção que o conforto de uma parte importante da humanidade é baseado no uso de combustíveis fósseis. “Toda a civilização que temos – a civilização do século 20 – é baseada em combustíveis fósseis. E essa situação não pode durar. É preciso procurar soluções sustentáveis. E soluções sustentáveis são energias que vêm do Sol, por exemplo”, declarou.
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