Plantas produzidas artificialmente podem reproduzir fenômeno natural , a fotossíntese.
Foto:SXC
Uma pesquisa da Universidade da Geórgia, publicada recentemente, mostrava que cientistas conseguiam extrair eletricidade de plantas naturais, interrompendo o processo de fotossíntese e impedindo que os elétrons fossem convertidos em energia para as plantas. Porém, o estudo está ainda em desenvolvimento e não tem previsão para chegar às casas. A boa notícia é que o químico e professor de Harvard Daniel Nocera apresentou, em reunião da Sociedade Americana de Química (ACS), um dispositivo que pode ajudar na obtenção dessa energia: uma folha artificial, capaz de imitar o fenômeno da natureza.
A folha de Nocera, como tem sido conhecida, já que o projeto começou a ganhar visibilidade em 2009, quando recebeu do governo dos Estados Unidos honrarias, é uma espécie de wafer de silício revestido com catalisadores que usam a luz solar para dividir a água em hidrogênio e oxigênio, como comparou o Estado de S.Paulo. Em setembro de 2011, o projeto já mostrava que a célula, feita com solar de silício, era capaz de transformar luz solar em combustível químico.
Para a produção desse combustível, inicialmente, o semicondutor foi coberto de um lado por um catalisador à base de cobalto, para liberar o oxigênio, e do outro, por uma liga de níquel, molibdênio e zinco, que separa o hidrogênio. Quando colocada em um contêiner com água produz bolhas de oxigênio de um lado e bolhas de hidrogênio do outro, que podem ser separadas e coletadas. Agora, as borbulhas da água podem, também, produzir eletricidade por meio de células de combustível.
Com a folha artificial, um litro e meio de água e luz solar, Nocera acredita que qualquer pessoa poderia ter energia suficiente para abastecer uma casa pequena. Além disso, a folha artificial é mais barata do que os painéis solares e com a redução da quantidade de silício e plantina, pode ser popularizada, ajudando a 3 bilhões de pessoas que vivem sem abastecimento de energia.
"Um monte de pessoas está projetando dispositivos complicados e caros. E é difícil vê-los sendo adotados em larga escala", disse ele. "O nosso é simples, mais barato, e funciona", disse ele à ACS.
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