Você já imaginou ter um negócio de sucesso que promova impactos positivos na sociedade e/ou no meio ambiente? Essa é a característica de um novo setor socioeconômico que se forma no país. Este modelo fomenta a sustentabilidade e promove a melhoria da qualidade de vida por meio de produtos e serviços que têm o impacto como a base para a sua atividade principal.
Para dialogar sobre o assunto, inspirar e conectar empresários e gestores baianos, a empresa de consultoria SER promove, nos dias 9 e 12 de dezembro, o I Fórum Baiano de Negócios Socioambientais. O evento será realizado na Universidade Livre das Dunas e Restingas de Salvador (Unidunas – Stela Maris). Para participar do encontro, cuja programação contempla palestras, minicursos e diálogos, é preciso se inscrever no site www.forum.negociosocioambiental.com. As inscrições são gratuitas e limitadas a 350 participantes.
Programação
Os dois primeiros dias do evento serão dedicados a minicursos sobre Negócios Socioambientais, Facilitação Gráfica e Mobilização Social, com vagas limitadas a 20, 30 e 50 participantes, respectivamente. Ao se inscrever no fórum o participante tem direito a se candidatar às vagas, explicando como esta formação adicional irá impactar em seu negócio.
A abertura do fórum será feita por Graziela Comini, coordenadora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor da Universidade de São Paulo e do primeiro MBA em Negócios Socioambientais do país promovido pela Escola Superior de Conservação e Sustentabilidade (ESCAS).
Durante todo o dia serão promovidos diálogos com os principais atores do setor no Brasil, encerrando com a análise de Pedro Tarak, pioneiro na América Latina e responsável por trazer o Sistema B, certificação internacional de empresas de impacto, para a região.
Perspectivas e desafios
A manhã do segundo dia será dedicada a compartilhar experiências baianas, com a participação de diferentes instituições, que vão liderar rodas de conversas segmentadas em quatro setores: Educação, Economia Criativa, Eficiência Energética e Gestão de Resíduos e Inovação.
Pela tarde, Avina, Associação de Jovens Empreendedores e SER irão apresentar perspectivas e desafios para o futuro e Joaquim Melo, empresário recifense, irá compartilhar a sua trajetória como empreendedor do Banco Palmas, primeiro banco comunitário do Brasil que já atendeu cerca de 200 mil pessoas.
Durante todo o evento serão construídos alguns mapas de forma colaborativa. Os participantes irão indicar empreendedores, empresas e iniciativas que conhecem para desenvolver um mapeamento do setor no Estado. O I Fórum Baiano de Negócios Socioambientais tem a parceria institucional da Avina, instituição internacional que é referência no setor, apoio do EcoD, da Colivre e da Unidunas.
Minicursos
Promovido pelo Coletivo Entrelinhas, o minicurso em Facilitação Gráfica irá ensinar técnicas de como registrar uma reunião ou encontro de forma gráfica, facilitando a compreensão de todos os participantes. Empresas e organizações têm adotado a Facilitação Gráfica em suas reuniões de planejamento, diagnóstico e apresentação de resultados. É a primeira vez que esta formação é oferecida para profissionais baianos.
O Instituto de Pesquisas Ecológicas, por meio da Escola Superior de Conservação e Sustentabilidade (Escas), irá apresentar o setor dos negócios socioambientais, analisando cases de sucesso nacionais e estimulando os participantes para que desenvolvam soluções inovadoras para empreender na Bahia. O curso é inspirado no primeiro MBA em Negócios Socioambientais do país, que em breve iniciará a sua segunda turma.
Já o curso sobre Mobilização Social, a ser ministrado pelo Instituto Elos, tem como base a metodologia do Jogo Oásis. O game é uma ferramenta de apoio à mobilização cidadã para a realização de sonhos coletivos. Composto por jogadores e comunidade, o método considera uma definição ampla de comunidade, que envolve diversos atores - moradores, ONGs, governo local, lideranças e empresas.
Política de Sustentabilidade
A SER irá desenvolver uma série de ações para diminuir o impacto ambiental do fórum. Todo o resíduo sólido produzido será reciclado e o resíduo orgânico será transformado em adubo, para ser utilizado no próprio espaço. Os participantes receberão canecas para evitar o uso de descartáveis. Quanto à mobilidade, será incentivada a carona solidária e haverá um estacionamento para bicicletas. As emissões de carbono produzidas pelos voos dos palestrantes serão compensadas com o plantio de árvores nativas da mata atlântica.
Conceitos e Números
Negócios socioambientais também podem ser chamados de negócios sociais, de impacto, conscientes ou inclusivos. Como este é um setor em formação no país não existe um único conceito. Em síntese, são empreendimentos que focam seus negócios principais na solução ou minimização de um problema social e/ou ambiental. Por terem fim econômico, fundos sociais ou socioambientais investem nestas empresas, atestando que acreditam na sua proposta de impacto e lucratividade.
Segundo a pesquisa da JP Morgan e GIIN (Global Impact Investing Network), em 2013 havia 18,3 bilhões de dólares disponíveis para investimento no setor no mundo, 12% a mais que em 2012. Destes, 250 milhões foram disponibilizados ao Brasil.
O Mapa do Setor de Investimento de Impacto no Brasil, publicado em maio de 2014 pela Aspen Network of Development Entrepreneurs, LGT Ventures Philanthropy e Quintessa Partners, apresenta um crescimento exponencial do setor, que entre 2003 e 2013 teve um investimento total de 177 milhões de dólares e apenas em 2014 já captou 150 milhões de dólares.
Segundo a pesquisa, em 2014 houve um crescimento de 100% no setor, com expectativa de retorno financeiro entre 10% e 35%. Indica ainda que as áreas prioritárias para investimento são educação, inclusão financeira e saúde, seguidos por habitação, prevenção de poluição, gestão de resíduos e energia renovável.
Sobre a SER
A SER é uma empresa socioambiental criada por Camila Godinho e Juca Cunha para desenvolver soluções de impacto socioambiental. O seu programa de incubação possui hoje cinco empreendimentos nas áreas de educação, biodiversidade, eficiência energética e tecnologias de informação e comunicação. A SER também é responsável pelo GAE, Gestão Ambiental de Empreendimentos, conjunto de práticas personalizadas de redução de impacto ambiental que inclui a gestão de resíduos e neutralização de carbono.
Camila e Juca atuam no setor há mais de 10 anos. Já desenvolveram metodologias, coordenaram iniciativas e realizaram monitoramento e avaliação de indicadores de impacto. Atualmente seus clientes incluem o Movimento e-brigade (Osklen), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Rede de Desenvolvimento Humano, Imaflora e a Rede Mata Atlântica.
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