As formiga-de-fogo são conhecidas por suas dolorosas picadas
Foto: hankplank
"O gene é um segmento de DNA que leva à produção de uma cadeia polipeptídica, o qual inclui locais que antecedem e seguem a região codificadora...". Ah para! Nada de definições complexas. É aquela coisa, o gene pode definir uma característica do ser humano, como a cor dos olhos, por exemplo. Mas isso muita gente já sabe, e até lembra: AA, aa, Aa.
E o que isso tem a ver com as formigas-de-fogo (Solenopsis invicta), inseto endêmico da América do Sul, considerado uma praga, impossível de controlar?
Bom, cientistas norte-americanos resolveram estudar a estrutura social dessas criaturas por meio do DNA e chegaram a conclusão de que uma alteração nos cromossomos separam a espécie de duas maneiras comportamentais: algumas colônias têm mais de uma rainha, já outras apenas uma. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature, no dia 16 de janeiro.
Além de ajudar no entendimento de outras espécies, a descoberta pode auxiliar no desenvolvimento de inseticidas para exterminar as formigas, que são conhecidas por suas dolorosas picadas e pela dificuldade de combatê-las (explicação para a palavra "invencível" em sua nomenclatura - S. invicta).
Segundo um dos autores do estudo, o pesquisador Yannick Wurm, da Faculdade de Ciências Biológicas e Química da Queen Mary, Universidade de Londres, no Reino Unido, as diferenças nos cromossomos se aproximam dos padrões do poliformismo (variedades de uma mesma espécie), que acontecem na formação de asas de borboletas e de cânceres em seres humanos.
Cerca de 500 formigas-de-fogo foram analisadas e a organização da colônia foi tratada pelos cromossomos B e b. As formigas operárias, portadoras da variação B, só aceitaram rainhas que tinha BB. Já as que possuíam b, permitiam várias soberanas do supergene Bb.
- Saiba mais sobre o estudo (em inglês) -
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