A Apple, o Facebook e o Google estão atraindo um grande número de empresas de tecnologia para um projeto que pretender alimentar a internet com 100% de energia renovável. Trata-se de uma grande mudança no setor ao longo últimos dois anos, de acordo com novo relatório divulgado pela organização não governamental Greenpeace.
O relatório Clicando limpo: como as companhias estão criando a Internet Verde detalha o imenso poder que as companhias de tecnologia possuem tanto para conduzir uma revolução nas energias renováveis, quanto para mudar o modo ultrapassado de se obter energia, segundo o Greenpeace.
Pensar que tipo de energia alimenta a internet é importante uma vez que se esta fosse considerada um país, seria o sexto maior consumidor de energia no mundo. E estima-se que os dados da internet triplicarão de tamanho entre 2012 e 2017.
"A Apple, o Facebook e o Google estão alimentando nossas vidas on-line com energia limpa, e estão contribuindo para a construção de um mundo mais verde", afirmou Gary Cook, analista de TI do Greenpeace. "Essas empresas têm demonstrado ao longo dos últimos 24 meses que energia eólica e solar estão prontas para abastecer a internet e o resto da nossa economia", ressaltou Cook.
O Greenpeace avaliou as opções energéticas das 19 principais empresas da internet, examinando as cadeias de produção de mais de 300 centros de dados de fornecimento de energia elétrica. Cinco dessas empresas se comprometeram a alimentar suas operações com 100% de energia renovável.
A Apple se tornou a primeira empresa a alcançar o seu objetivo: usar 100% de energia renovável para alimentar seu “iCloud” – serviço que armazena remotamente dados dos usuários - sendo a única empresa com tal índice de energia limpa entre todas as empresas avaliadas. A companhia está prestes a inaugurar a maior instalação solar privada dos EUA em seu centro de dados na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
O Google - pioneiro no uso de energias renováveis - a Apple e Facebook estão pressionando a Duke Energy, maior distribuidora de energia dos EUA para que ela ofereça novas opções de energias renováveis para grandes compradores de eletricidade na Carolina do Norte.
Ativistas do Greenpeace protestam contra o uso de energia suja na frente de uma das sedes da Microsoft
Foto: Dor Nevo / Greenpeace)
Críticas à Amazon
Segundo o Greenpeace, a Amazon abriga empresas populares como o Pinterest, Netflix, Spotify, Tumblr, Airbnb, Yelp e Vine e utiliza apenas 15% de energia limpa. "O restante é proveniente de carvão, energia nuclear e gás, e seu crescimento está relacionado ao aumento de construção de usinas de carvão e gás, colocando em risco a ascensão da energia limpa", denuncia a ONG.
"Enquanto empresas como a Apple, Facebook e eBay têm sido cada vez mais transparentes sobre o seu uso de energia, a Amazon se recusa a revelar detalhes sobre suas fontes de energia aos seus clientes e ao público. O Twitter também não compartilha nenhuma de suas fontes de energia e não pretende procurar nenhuma fonte de energia renovável", completa o Greenpeace.
"O que o Greenpeace defende é que essas empresas assinem um termo de compromisso para que sejam abastecidas por energias renováveis, sejam mais transparentes em relação às fontes de energia que utilizam e que desenvolvam estratégias para aumentar a oferta de energias renováveis", concluiu a ONG.
- Conheça o relatório na íntegra em inglês (em PDF) -
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