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SUSTENTABILIDADE

GM recicla 90% dos resíduos industriais da produção e lucra R$ 2 bilhões

Reduzir a zero o volume de resíduos enviados para aterros nas 125 fábricas da companhia até 2020. Este é o objetivo da General Motors (GM) com o programa Landfill Free, que só em 2012 mandou para a reciclagem 90% de todo o lixo gerado no processo de fabricação de seus carros, o que gerou uma receita de R$ 2 bilhões. No Brasil, a primeira fábrica a conquistar o status livre de aterro foi a de Gravataí (foto), na região metropolitana de Porto Alegre.

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09/08/2013 às 9:10 • Atualizada em 30/08/2022 às 10:17 - há XX semanas
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Linha de montagem da GM, em Gravataí: em 2012, unidade zerou o envio de resíduo para aterros
Foto: WIECK/Divulgacão

Reduzir a zero o volume de resíduos enviados para aterros nas 125 fábricas da companhia até 2020. Este é o objetivo da General Motors (GM) com o programa Landfill Free, que só em 2012 mandou para a reciclagem 90% de todo o lixo gerado no processo de fabricação de seus carros, o que gerou uma receita de R$ 2 bilhões, segundo o último relatório de sustentabilidade da multinacional.

Aqui no Brasil, a primeira fábrica a conquistar o status livre de aterro foi a de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, de onde saem modelos como o Celta, Prisma e Onix. De acordo com a Exame.com, atualmente 106 unidades mundo afora já reciclam 100% dos resíduos, entre os quais sucata de aço, borra de tinta, caixas de papelão e pneus desgastados.

A unidade do Rio Grande do Sul atua em duas frentes para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Primeiro, busca a redução do desperdício. Somado a isso, desenvolve ações que visem à reciclagem e à reutilização dos materiais.

Em 2003, cada veículo montado em Gravataí gerava 11,08 quilos de resíduos enviados para aterro industrial. Hoje, este número é de 0 quilo por carro

“Uma empresa de manufatura de automóveis gera uma serie de resíduos, alguns com valor, como os retalhos da estamparia, que são disputados a tapas, e alguns de pouco valor, como borra de tinta, um resíduo perigoso, com metal pesado”, explicou Nelson Branco, gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da América Latina pela GM.

Peças descontinuadas de automóveis, ou que se quebram (um farol por exemplo), têm plástico, alumínio e fiação em sua composição. Tudo isso pode ser reciclado e por vezes reutilizado na cadeia de consumo. Embalagens plásticas são separadas por tipo de plástico e vendidas para empresas de reciclagem. O solvente usado em limpeza de tubulações da linha de pintura também é comercializado para uma empresa que o destila e o revende.

Lei dos resíduos sólidos

O que não é reutilizado na fábrica é encaminhado para empresas parceiras que dominam tecnologias específicas de reciclagem para certos resíduos. Quanto mais alternativas surgem para lidar com esses resíduos, mais benefícios são gerados.

“O valor nem sempre é alto, em alguns casos beira o simbólico. Mas é uma forma de nos adiantarmos em relação aos marcos regulatórios”, ressaltou Nelson, referindo-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê para 2014 a obrigatoriedade da logística reversa. “Estamos ganhando terreno”, completou.

Para atingir este objetivo, a empresa investe pesado na logística de coleta seletiva, garantindo a correta segregação dos materiais. A colaboração dos funcionários é um ponto-chave. “Fazemos um trabalho muito grande de conscientização, desde a linha de produção até os escritórios”, sublinha Branco. “Numa empresa, a formação de uma cultura é coisa eterna”.

Em 2014 foi a vez da fábrica de Joinville-SC se tornar “livre de aterro”, e até dezembro a planta de estamparia em Mogi das Cruzes-SP deve cumprir a meta. As fábricas de São José dos Campos e São Cateano do Sul, no estado de São Paulo, têm até 2015 para zerar o envio de resíduos para aterros.
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