A iniciativa já pré-selecionou 10 mil instituições de ensino
Foto: Wilson Dias/Abr
Por Portal Brasil
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) – Escola Sustentável, lançado no dia 5 de junho, vai garantir recursos para que as escolas desenvolvam projetos voltados para a sustentabilidade. A iniciativa já pré-selecionou 10 mil instituições de ensino, de 310 municípios em estado de vulnerabilidade ambiental. Esses colégios têm até o dia 30 de junho para formalizar a adesão on-line ao programa, que tem orçamento de R$ 100 milhões.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a educação ambiental é fundamental para o futuro, pois os jovens devem ser conscientizados sobre a necessidade de cuidar e ter atitude de respeito ao meio ambiente. "Nossa prioridade é trabalhar na prevenção nessas cidades", ressaltou o ministro.
Entre os recursos para a inclusão estão: a temática socioambiental no projeto político-pedagógico da escola; apoio à criação e o fortalecimento de comissões de meio ambiente e qualidade de vida (Com-vida) e para a adequação do espaço físico da escola de maneira a aprimorar a destinação de resíduos e obter eficiência energética, entre outras iniciativas. As adesões ao PDDE Escola Sustentável devem ser feitas no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec).
Experiência
Coordenadora de defesa civil em Ilhota, município catarinense de 12,5 mil habitantes, Tatiana Reichert revelou, em depoimento sobre as consequências de desastres naturais, que em 2008 uma tempestade atingiu o Complexo do Baú, comunidade de quatro mil habitantes. Mais de 1,5 mil pessoas foram desalojadas e 37 morreram. Dentre os mortos, 14 eram familiares de Tatiana.
A tragédia que atingiu a cidade resultou na criação da primeira associação de atingidos por desastres naturais do Brasil. Por quatro anos, Tatiana ficou à frente da associação e participou do processo de recuperação e reconstrução do complexo, com ações de prevenção e conscientização dos moradores. Ela destaca que as perdas materiais não poderiam ser evitadas, mas se a população tivesse mais informações sobre riscos, vidas poderiam ter sido salvas. "Nós não temos a cultura da percepção de risco", afirmou. "A área segura hoje pode ser a área afetada amanhã."
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