Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou na segunda-feira, 1º de outubro, a portaria que cria o Programa de Mamografia Móvel, que vai liberar Unidades Oncológicas Móveis para percorrer locais estratégicos dos municípios e estados que se cadastrarem para receber o serviço.
De acordo com o Ministério da Saúde, os exames feitos nessas unidades serão enviados via satélite para um estabelecimento de saúde para que um médico especialista avalie e dê o resultado em até 24 horas. O financiamento das unidades móveis será compartilhado entre o governo federal, os estados e municípios.
Padilha aponta a desigualdade de acesso à mamografia como uma grande preocupação das políticas públicas e destaca as unidades móveis como uma forma de melhorar o acesso da população feminina mais pobre a serviços de prevenção.
Importância do exame
O câncer de mama é o segundo tipo da doença que mais atinge as brasileiras. A estimativa é que, em 2012, cerca de 52 mil mulheres vão ter o diagnóstico de tal enfermidade. No Brasil, a população feminina de cerca de 260 municípios com mais de 100 mil habitantes tem dificuldade de acesso ao exame de mamografia. A faixa prioritária para o exame é entre 50 e 69 anos, mas a mamografia deve ser feita por todas as mulheres a partir dos 40 anos.
De acordo com Maira Callefi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) o exame é essencial para a detecção do câncer de mama em seu estágio inicial. “Estágio zero é aquele em que aparecem apenas pequenas microcalcificações, o que somente a mamografia detecta. Por isso é tão importante a mamografia de rotina”, afirmou.
Segundo Maira, no chamado estágio um, os tumores têm até 2 centímetros, sem envolvimento com a axila. “É um problema para o autoexame. Nesses estágios, há 95% de chances de cura”, explica, ressaltando a importância da mamografia para o diagnóstico precoce. Por outro lado, quando o câncer de mama é detectado tardiamente, as chances de sobrevivência das mulheres caem para 30%, lembrou o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Anderson Silvestrini.
Outubro Rosa
Esta ação do Ministério da Saúde faz parte da programação do movimento Outubro Rosa, uma iniciativa internacional que estimula a participação da sociedade nas questões relativas ao câncer de mama. Em 2011, o Ministério da Saúde aderiu ao movimento, tendo sua fachada iluminada de cor-de-rosa.
Ainda dentro da programação ao mês de combate ao câncer de mama, vários prédios da Esplanada, como o do Ministério da Saúde, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Catedral de Brasília, do Museu da República da Torre de TV, do Palácio do Buriti, da Ponte JK e da Torre Digital, terão iluminação diferenciada, com as fachadas iluminadas de cor-de-rosa.
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